A vacina contra a covid-19
não impede que as pessoas possam ter a doença, afinal não existe ainda vacina
100% eficaz contra o novo coronavírus. No entanto, o imunizante evita casos
graves que levam à intubação e à morte. Os sintomas nesses casos, entre as pessoas
vacinadas, são um pouco diferentes dos apresentados pelos não vacinados.
Um estudo feito no Reino
Unido, com dados de 1 milhão de indivíduos, reuniu as principais manifestações
em cada grupo. Esse sintomas foram catalogados pelo aplicativo Zoe Symptom
Study.
Principais sintomas em
vacinados com a primeira dose
Entre as pessoas que
receberam a primeira dose de um imunizante contra a covid-19, a febre – tão
descrita no início da pandemia – não aparece com tanta frequência. Os sintomas
mais relatados foram:
Dor de cabeça
Coriza
Dor de garganta
Espirros
Tosse persistente
Principais sintomas de quem
está completamente vacinado
Segundo a pesquisa, as
pessoas totalmente vacinadas relataram menos sintomas, que duraram por menos
tempo, em comparação a quem está parcialmente imunizado (recebeu uma dose). O
estudo também notou que as pessoas que foram vacinadas e depois testaram
positivo para covid-19 eram mais propensas a relatar espirros como um sintoma
em comparação com aquelas não vacinadas.
Nesse casos, as manifestações
mais comuns foram:
Dor de cabeça
Coriza
Espirros
Dor de garganta
Perda de olfato
A febre, tida como um sintoma
tradicional da covid-19, apareceu em 12º lugar e a falta de ar, na 29ª posição
da lista.
Sintomas da covi-19 em não
vacinados
Entre os não vacinados, os
sintomas são mais reconhecíveis, no entanto, ainda foi possível observar
algumas mudanças desde quando covid-19 apareceu pela primeira vez há um ano.
Esse grupo apresentou principalmente:
Dor de cabeça
Dor de garganta
Coriza
A perda de olfato, um sintoma
clássico no início da pandemia, foi o 9º problema mais relatado entre os não
vacinados. A falta de ar, que também era comum, apareceu na 30ª posição.
Sintomas da variante Delta
Os sintomas da covid-19
também podem variar de acordo com a variante. Nos casos dos infectados pela
cepa Delta, a mais contagiosa do coronavírus e que já está no Brasil, os
sintomas são semelhantes a de um resfriado leve.
A variante Delta do
coronavírus, que foi identificada pela primeira vez na Índia e já se espalhou
para vários países, causa sintomas específicos, um pouco diferentes dos
causados pela cepa original do vírus.
Antes, febre, tosse contínua
e perda de olfato e paladar eram os sinais mais comuns da covid-19, porém a
nova cepa tem manifestado mais dores de cabeça, de garganta, coriza e, por
último, febre.
São sintomas de um resfriado
leve, o que pode fazer com que as pessoas não deem a devida importância e
continuem circulando, levando o vírus para outros lugares.
“As pessoas podem pensar que
acabaram de pegar algum tipo de resfriado sazonal e ainda irem a festas. Elas
podem espalhar o vírus para outras seis pessoas. Achamos que isso está
alimentando grande parte do problema”, afirma o professor Tim Spector, que
dirige um projeto de vigilância do coronavírus para o aplicativo Zoe Covid
Symptom.
Além de provocar sintomas um
pouco diferentes, também há indícios de que a variante Delta seja muito mais
transmissível do que qualquer outra versão do SARS-COV-2.
Variante Delta no Brasil
Apesar da variante dominante
no Brasil ser a P.1, que foi identificada pela primeira vez em Manaus, já há
casos da cepa Delta no país.
O Ministério da Saúde
informou que, até o fim de junho, foram registrados 14 casos da variante Delta.
Seis deles no Maranhão; três no Rio de Janeiro; um em Goiás; um em Minas
Gerais; dois no Paraná e um em São Paulo.
Duas pessoas morreram em
decorrência da infecção causada pela nova cepa. Uma das vítimas foi um
tripulante de um navio atracado no Maranhão. A outra foi uma gestante de 42
anos, no Paraná.