sexta-feira, 26 de agosto de 2022

Pilota na Formula 1

 Três bandeiras compõem a pintura do capacete de Aurélia Nobels, 15. À direita, estão as cores da Bélgica, país de origem de seus pais. À esquerda, a flâmula dos Estados Unidos representa o lugar em que ela nasceu. No centro, o verde e o amarelo homenageiam a nação do ídolo Ayrton Senna e pela qual a pilota deseja ser reconhecida.

A jovem integra o grid da recém-criada F4 Brasil, sendo a única mulher a competir no campeonato de base que soma pontos para a superlicença, necessária para se chegar à F1.

Também é uma das 12 meninas selecionadas para o programa Girls On Track, promovido anualmente pela FIA (Federação Internacional de Automobilismo) desde 2020 para estimular a participação de mulheres no automobilismo.

A melhor competidora após uma série de atividades, como treinamento físico e mental, gerenciamento de pneus, "media training", experiências em simulador e na pista, ganhará uma vaga na Ferrari Driver Academy, que prepara pilotos visando a F1. O programa começou na semana passada, no circuito de Paul Ricard, na França, e a vencedora será conhecida em novembro.

"Esse programa está tentando nos ajudar a ir para a F1. Dá para ver que eles estão tentando fazer a categoria ter uma mulher, e eu realmente espero que possa ser uma delas", afirma Aurélia à Folha. "É muito triste [não ter referências], mas eu sei que tem muitas mulheres batalhando por isso."

Aurélia compartilha o sonho de seu pai, Kevin. Fã de Ayrton Senna, foi ele quem apresentou a história do tricampeão para a filha e o responsável por despertar o desejo dela de se tornar uma pilota.

"Obviamente, a gente não vê muitas mulheres, então meu pai ficou surpreso [quando disse que queria correr], mas ficou muito feliz", diz a jovem.

Apesar da pouca idade, Aurélia demonstra ter consciência do que pode representar para uma geração que sonha em dar fim ao hiato de 30 anos sem uma mulher na principal categoria do automobilismo mundial.

"Sempre falo que eu estou muito feliz por representar as mulheres neste esporte e espero inspirar outras meninas", afirma a garota, que tem mais de 20 mil seguidores nas redes sociais.

A última mulher que correu na F1 foi a italiana Giovanna Amati, em 1992, quando ela tentou, mas não conseguiu se classificar para as três provas que faria pela hoje extinta equipe Brabham. Naquela época, nem todos se classificavam para os GPs, que tinham treinos para definir os 26 que correriam no domingo.

Em 2019, durante entrevista à Folha, Giovanna falou sobre o comportamento machista dos demais pilotos durante a sua curta passagem. Segundo ela, Senna era o único que a respeitava. "Os outros não me viam como competidora."

Aurélia diz que já passou por situações semelhantes. "Nas duas primeiras etapas, em Velocitta, eu estava muito rápida, mas me tiraram da corrida [envolveu-se em acidentes]. Eu não sei se foi de propósito porque sou mulher ou se foi sem querer, mas foi muito chato porque me tiraram a chance de marcar pontos."

Atualmente, com somente um ponto somado, ela está na última colocação da F4 Brasil, que conta com 16 pilotos. Lucca Zucchini, o 15º, tem 15. Pedro Clerot (177), Lucas Staico (101) e Vinícius Tessaro (74) são os três primeiros colocados.

Aurélia sofre, ainda, com a falta de referências no automobilismo. Sem modelos femininos, ela passou a torcer por nomes como o inglês heptacampeão Lewis Hamilton, da Mercedes, e o monegasco Charles Leclerc, da Ferrari. Nenhum dos dois, porém, supera a idolatria por Senna.

"Já vi muitas entrevistas dele [Senna]. E tudo o que ele falava sobre determinação era tão real que isso me dá mais vontade de trabalhar duro", diz a jovem.

Em grande parte, é por causa dele que, mesmo sem ter parentes brasileiros, ela decidiu que representará o Brasil nas pistas. Embora esteja inscrita no programa da FIA como uma pilota belga, ela também tem uma licença brasileira e já fez sua escolha para o futuro.

"Eu me considero brasileira. Moro há 12 anos aqui, gosto muito de representar o Brasil. Eu sempre falo que represento mais o Brasil do que os Estados Unidos ou a Bélgica", afirma. "Minha família sabe que sempre morei aqui, gosto muito do carinho das pessoas, de tudo. Então, eles entendem. E, assim, é minha decisão", garante.

Nascida em Boston, ela se mudou para o Brasil quando tinha apenas três anos. Mesmo antes ela já crescia em uma casa repleta de referências a Ayrton Senna. "Meu pai tem muitas coisas do Senna. Tem um capacete, várias revistas, uma bandeira do Brasil. Cresci vendo tudo isso."

Em breve, ela espera obter o passaporte brasileiro. Enquanto isso, vai construindo sua trajetória nas pistas e derrubando preconceitos.

"Quando você baixa a viseira, não tem diferença se é menino ou menina", finaliza



quarta-feira, 17 de agosto de 2022

American Airlines compra 20 aviões supersônico

 

A companhia aérea americana American Airlines fechou com a Boom Supersonic uma encomenda para 20 unidades do avião supersônico de passageiros Overture, com opção de mais 40 aeronaves.

 

O primeiro voo do Overture está previsto para 2025, com o início das operações programado para 2029. A expectativa é que o supersônico leve entre 65 e 80 passageiros a uma velocidade de Mach 1.7, com um alcance de 4.250 milhas náuticas. Um voo entre Miami (EUA) e Londres (Reino Unido) teria duração de menos de quatro horas.

 

O último avião supersônico de passageiros foi o europeu Concorde, que entrou em operação em 1976 e foi retirado de serviço em 2003.




Urso casado com 8 mulheres

 

Após viralizar na internet por viver com oito mulheres, o modelo e influenciador digital Arthur Urso usou as redes sociais nesta terça-feira, 16, para fazer um desabafo. Ele contou que o imóvel que está construindo, em que ele mesmo o chama de "mansão do amor livre", em João Pessoa, na Paraíba, foi pichado. A frase escrita no muro chama os moradores de "família do demônio" e ordena que eles se mudem.

"Hoje foi um dia triste, após acordar e abrir a porta para a equipe de obra, me deram a notícia de que o muro da mansão estava pichado! Vou descobrir quem fez isso e tomarei as medidas cabíveis. Não estou fazendo nada de errado ao construir um lar para mim e para as minhas esposas. Só queremos viver em paz! Consideramos justa toda forma de amor", escreveu ele no Instagram.

A mansão fica em um terreno de 700 metros quadrados e começou a ser reformada recentemente. O objetivo de Urso é construir o imóvel nos moldes da "mansão da Playboy", idealizada pelo criador da revista masculina, Hugh Hefner.

"Só a parte decorativa e a sonorização vão custar R$ 1 milhão. Isso sem incluir a estrutura", contou o modelo ao jornal Extra.

Arthur Urso é casado com Luana Kazaki, mas os dois tomaram a decisão de aumentar o número de pessoas no relacionamento. Segundo o influenciador, ele pediu a mão das outras mulheres, que aceitaram e realizaram um casamento simbólico. O objetivo era celebrar o "amor livre" e se posicionar contra a monogamia.

A algumas semanas iniciei um projeto com a visão de melhorar a qualidade de vida. Escolhi João Pessoa por ser a cidade onde nasci. Todos os dias acordo ansioso e feliz, impulsionado por saber que estou construindo algo tão lindo... Mas hoje foi um dia triste, após acordar e abrir a porta para a equipe de obra, me deram a notícia de que o muro da mansão estava pichado! Vou descobrir quem fez isso e tomarei as medidas cabíveis. Não estou fazendo nada de errado, disse o Urso.




sexta-feira, 5 de agosto de 2022

Morreu Jô Soares

 

O corpo de Jô Soares, artista morto aos 84 anos nesta sexta-feira, deixou por volta das 10h40 o hospital Sírio Libanês, em São Paulo, onde estava internado.

Ele segue em direção ao velório, em local não informado.

A cerimônia será restrita a familiares e amigos próximos do apresentador. Detalhes sobre o sepultamento também não foram divulgados à imprensa ou ao público.

Jô nasceu no Rio de Janeiro em 1938 e era filho único de uma família rica que perdeu a fortuna. Estudou na Suíça e nos Estados Unidos, falava seis línguas e abandonou o plano de ser diplomata para se dedicar à vida artística. Interpretou dezenas de personagens, criou bordões e apresentou o mais conhecido programa de entrevistas da TV brasileira.

Foi ator de teatro, cinema e televisão, além de dramaturgo, roteirista, diretor e escritor. O artista entrou na TV Globo em 1970, como protagonista do programa "Faça Humor, Não Faça Guerra".

Já havia passado pelos canais Continental, Rio, Tupi, Excelsior e Record. Atuou, por exemplo, no clássico "Família Trapo".

Estreou seu próprio programa, o "Viva o Gordo", em 1981.

Seis anos depois, saiu da Globo para apresentar seu talk show, o Jô Soares Onze e Meia, no SBT.

De volta à Globo em 2000, comandou por 16 anos o Programa do Jô.