quarta-feira, 12 de março de 2025

EUA tarifa de 25% no Aço

 

A Casa Branca afirmou nesta terça-feira, 11, que as tarifas de 25% sobre o aço e o alumínio entrarão em vigor no Canadá e em outros países, mesmo com o presidente dos EUA, Donald Trump, recuando em sua ameaça de impor tarifas de 50% sobre os metais canadenses nesta tarde. O Brasil é um dos mais atingidos pela medida, por ser grande exportador de aço para os Estados Unidos.

“De acordo com suas ordens executivas anteriores, uma tarifa de 25% sobre o aço e o alumínio, sem exceções ou isenções, entrará em vigor para o Canadá e todos os nossos outros parceiros comerciais à meia-noite de 12 de março”, disse o porta-voz da Casa Branca, Kush Desai, em um comunicado.

Nesta terça-feira, 11, no Brasil, fabricantes de produtos siderúrgicos e do metal não ferroso estavam na expectativa de que houvesse, ao menos, a prorrogação das medidas em 30 dias. Esse tempo daria fôlego para aprofundar negociações com as equipes de comércio exterior do governo dos EUA.

Do Brasil, grande parte do volume que desembarca em solo americano, cerca de 90%, é de material semiacabado (placas). Siderúrgicas locais importam esse tipo de aço e o beneficiam para ser usados na fabricação de vários tipos de produtos, como automóveis, bens eletrodomésticos e máquinas e equipamentos.

Três siderúrgicas brasileiras são mais afetadas com as tarifas de Trump se não houver um arranjo que permita estender o sistema de cotas: ArcelorMittal e Ternium, fabricantes de placas que exportam a maior parte de sua produção aos EUA, e CSN, que embarca produtos laminados de alto valor agregado. A Usiminas faz vendas esporádicas para os EUA.

No alumínio, a CBA, controlada do grupo Votorantim, é quem mais sofre, pois exporta produtos laminados (folhas), mas o volume não passa de 5% das vendas da empresa, segundo informações. Segundo dados da Associação Brasileira do Alumínio (Abal), os embarques para os EUA representaram 17% (US$ 267 milhões) do total exportado pelo setor no ano passado - US$ 1,5 bilhão. Há empresa, como a Hydro, que não exporta nada para o mercado americano.



Fla x Flu

O Flamengo entra em campo contra o Fluminense nesta quarta-feira (12), às 21h30 (de Brasília), no Estádio do Maracanã, pela primeira partida da final do Campeonato Carioca.

Comandado por Filipe Luís, o Mais Querido tem um retrospecto favorável quando o assunto é enfrentar equipes do técnico Mano Menezes. O Rubro-Negro enfrentou o treinador 27 vezes.

Com um aproveitamento de 60%, o Flamengo conquistou 14 vitórias, seis empates e sofreu apenas sete derrotas para equipes comandadas pelo treinador do Tricolor das Laranjeiras.

A última partida do Flamengo contra Mano Menezes aconteceu nesta temporada, com o treinador no comando do Fluminense. O Rubro-Negro empatou em 0 a 0 com o time das Laranjeiras no Maracanã, pela nona rodada do Campeonato Carioca.

Mais vantagens para o Flamengo contra o Flu

Para o treinador Filipe Luís, não é nenhuma novidade enfrentar o rival em uma grande decisão. Enquanto jogador, o atual treinador do Fla só enfrentou o Flu em decisões do Estadual.

O clássico Fla x Flu é um dos maiores do futebol brasileiro e sul-americano, e desta vez marcará a 14ª final entre as equipes na história do Estadual. Segundo levantamento feito pelo perfil oficial do Cariocão, desde 1936, os dois times já decidiram o título do Campeonato Carioca em 13 oportunidades.

Até o momento, o Fluminense leva a melhor, com sete conquistas, enquanto o Flamengo venceu seis finais. A disputa deste ano promete ser mais um capítulo emocionante na história do Clássico.



Inflação nos EUA

 A inflação dos EUA desacelerou no mês passado pela primeira vez desde setembro e uma medida do núcleo de inflação (que exclui os itens mais voláteis) caiu para o nível mais baixo em quatro anos, apesar de as tarifas adicionais sobre aço e alumínio que entraram em vigor nesta quarta-feira, 12, ameaçarem elevar os preços.

O índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) foi a 2,8% em fevereiro, em base anualizada, de acordo com o relatório do Departamento do Trabalho americano desta quarta-feira, 12. É uma queda em relação aos 3% registrados no mês anterior. Os preços básicos, que excluem as categorias voláteis de alimentos e energia, aumentaram 3,1% em relação ao ano anterior, abaixo dos 3,3% registrados em janeiro. O valor básico é o mais baixo desde abril de 2021.

As quedas foram maiores do que os economistas esperavam, de acordo com uma pesquisa do provedor de dados FactSet. No entanto, eles permanecem mais altos do que a meta de 2% do Federal Reserve (Fed, o banco central americano). A inflação instável pode criar problemas para o presidente Donald Trump, que prometeu durante a campanha do ano passado “acabar com a inflação”.

No entanto, em uma base mensal, a inflação também ficou muito abaixo do esperado. Os preços ao consumidor aumentaram 0,2% em fevereiro em relação ao mês anterior, abaixo do grande salto de 0,5% registrado em janeiro. E os preços básicos subiram apenas 0,2%, abaixo do aumento de 0,4% em janeiro. Os economistas observam os preços básicos porque, em geral, eles são um guia melhor para a trajetória futura da inflação.

Os preços dos alimentos permaneceram inalterados no mês passado em relação a janeiro, o que trouxe algum alívio para os consumidores que enfrentam um aumento de 25% nos preços dos alimentos em relação a quatro anos atrás. O custo dos ovos, entretanto, aumentou 10,4% em fevereiro em relação ao mês anterior e o produto está quase 60% mais caro do que há um ano.

A gripe aviária forçou os agricultores a abater mais de 160 milhões de aves, incluindo 30 milhões em janeiro. O preço médio dos ovos atingiu US$ 4,95 a dúzia em todo o país em fevereiro, um recorde. O preço estava consistentemente abaixo de US$ 2 por dúzia há décadas, antes da doença.

E com Trump impondo - ou ameaçando impor - uma ampla gama de tarifas sobre as importações do Canadá, México, China, Europa e outros países, a maioria dos economistas prevê que o crescimento dos preços provavelmente permanecerá elevado este ano.