sexta-feira, 1 de março de 2013
Circuncisão
Sempre que ouço aquela música do Chico, "ó pedaço de mim, ó pedaço arrancado de mim", me bate uma deprê braba. Lembro da minha infância e acabo voltando no tempo. Estava eu deitado no meu bercinho, ainda com uma semana de vida, quando começou a chegar gente em casa. Era dia de festa. E festa de judeu lembra muito reunião do PSDB: só tem tucano. Cada nareba que não tem mais tamanho. Mamãe convidou só 30 pessoas, mas, como era boca livre, veio judeu de tudo quanto foi canto. Se mamãe cobrasse ingresso, corria o risco de nem o papai aparecer. Não precisa dizer que os presentes não trouxeram presentes. Metade esqueceu em casa e a outra metade disse que não tinha dado tempo de comprar. Coisas da religião. Cada um que chegava vinha até o meu bercinho. Quando se abaixavam para me ver mais de perto, virava um autêntico ataque do exército israelense. Contabilizei pelo menos umas 30 narigadas na barriga. Em vez de olharem para os próprios umbigos, vinham olhar pro meu. Acho que era por causa da "faixa de gaze".
De repente, se fez o silêncio. Um ser estranho, trajando um terno preto pra lá de surrado, com barba até a cintura, chapéu e cabelo ponhonhóin dos lados adentrou a sala. Parecia o Capitão Caverna na versão judaica. Ele veio na minha direção. Tirou um bisturi reluzente. Ficamos frente a frente. Ele, o lobo mau, e eu, o solidéu vermelho. Para que esse nariz tão grande, perguntei. Por uns segundos, cheguei a pensar que mamãe tinha resolvido fazer uma plástica no meu nariz que, com menos de uma semana de vida,já era avantajado. Mas o negócio era mais embaixo. Bem mais embaixo.Ele tirou a minha fraldinha descartável, que mamãe tinha acabado de lavar, e eu gritei, abri o berreiro:"Tira esse Michael Jackson ortodoxo daqui! Esse comunista judeu quer comer criancinha!!! E no rabino, não vai nada? "Apesar de tanta tecnologia, Buááááá não vem com legenda. Não sei por que ainda não inventaram uma tecla SAP para bebês. Parti então para a minha última tentativa: um ataque com armas químicas. Soltei duas bombas de efeito moral. PUM! PUM! Mas o bigode do sujeito cobria o nariz como uma máscara antigases. Ataquei com meus jatos poderosos, mas o xixi não conseguiu furar o bloqueio da barba blindada do velho. Não teve jeito. O Jacozinho virou o Jacozinhozinho. Vai entender o que esse povo tem na cabeça, além desse chapeuzinho medonho? Em vez de sacrificarem uma galinha, como na velha e boa macumba, eles sacrificam o pinto. Cortaram o meu pausówsky, meu penisberg. Ficou só o "cara". O "lho" foi-se. Uma parte de mim estava agora que nem pinto no lixo, literalmente. Depois de circuncidado, passei a entender o porquê daquele muro das lamentações.
Eu, pelo menos, lamento até hoje. Ó pedaço de mim...
quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013
Loura com QI de Einstein
Lauren Marbe, 16 anos, que se autodenomina uma garota “avoada”, surpreendeu seus professores ao marcar 161 pontos no teste de QI.
A adolescente adora bronzeamento artificial, ter luzes no cabelo, fazer as unhas e se arrumar para festas com as amigas. Está dentro dos padrões de uma garota rotulada facilmente nos padrões sociais como “fútil”.
É filha de um motorista de taxi e sonha em um dia ser artista no West End, como a celebridade Essex Denise Van Outen.
Mas a sua incrível pontuação no teste de QI significa que ela é mais brilhante do que o professor Stephen Hawking, Bill Gates e até mesmo Albert Einstein - todos têm um QI de 160.
Lauren foi registrada na prestigiada alta-QI sociedade Mensa, o que significa que ela faz parte, oficialmente, do top 1% das pessoas mais inteligentes do mundo.
A estudante, que já tirava apenas notas altas, diz que está contente por ter ultrapassado o estereótipo de “boba”.
O teste de QI é projetado para testar uma variedade de habilidades, para determinar o nível de inteligência do aluno - no Reino Unido, a pontuação média é de 100.
A adolescente adora bronzeamento artificial, ter luzes no cabelo, fazer as unhas e se arrumar para festas com as amigas. Está dentro dos padrões de uma garota rotulada facilmente nos padrões sociais como “fútil”.
É filha de um motorista de taxi e sonha em um dia ser artista no West End, como a celebridade Essex Denise Van Outen.
Mas a sua incrível pontuação no teste de QI significa que ela é mais brilhante do que o professor Stephen Hawking, Bill Gates e até mesmo Albert Einstein - todos têm um QI de 160.
Lauren foi registrada na prestigiada alta-QI sociedade Mensa, o que significa que ela faz parte, oficialmente, do top 1% das pessoas mais inteligentes do mundo.
A estudante, que já tirava apenas notas altas, diz que está contente por ter ultrapassado o estereótipo de “boba”.
O teste de QI é projetado para testar uma variedade de habilidades, para determinar o nível de inteligência do aluno - no Reino Unido, a pontuação média é de 100.
Curar um Porre
Tomar café forte ou um banho gelado pode ser coisa do passado quando o assunto for “curar um porre”.
Informa Gilson Birman em seu blog -> http://gilsonbirman.blogspot.com.br/
Um estudo do engenheiro biomolecular Yunfeng Lu e o bioquímico Cheng Ji, ambos da Universidade da Califórnia, conseguiu “embalar” enzimas dentro de um sistema atóxico de polímeros especiais, em escalas nanométricas. Estas enzimas conseguem imitar o mesmo processo natural que o corpo humano possui para processar o álcool.
As nanocápsulas de enzimas biomiméticas mostraram-se atuantes de forma extremamente rápida, reduzindo drasticamente os níveis de etanol no sangue de ratos que ingeriram altíssimas doses de bebidas alcoólicas. O produto já é taxado como uma alternativa viável para pessoas em situações extremas como o coma alcoólico.
Segundo publicado do site Technology Review: “Para provar o sistema de eficácia, os pesquisadores injetaram as nanocápsulas contendo duas enzimas em ratos. Uma das enzimas, a oxidase, produz peróxido de hidrogênio (água oxigenada), trabalhando em conjunto com outra enzima que decompõem os subprodutos prejudiciais. Os pesquisadores relataram que os ratos que receberam o tratamento com as enzimas tiveram queda nos níveis sanguíneos de álcool de forma rápida, comparado com o grupo controle”.
O site ainda prossegue: “O avanço poderia abrir portas para uma nova classe de medicamentos enzimáticos, segundo Lu. Ele estima que um antídoto possa ser ingerido”.
Ingerir cápsulas com estas enzimas seria o mesmo que ter dezenas de milhões de células do fígado circulando por seu corpo e ajudando na degradação do álcool.
Além da farmacologia aplicada, questões sociais devem ser abordadas: Quais seriam os impactos da descoberta de um “antídoto” para a bebedeira? Evidentemente, o aumento do consumo de álcool será observado em todo o mundo, especialmente entre jovens.
A pesquisa dos dois cientistas foi publicada na última edição da revista Nature Nanotechnology.
terça-feira, 5 de fevereiro de 2013
Embolia Pulmonar
Segundo os médicos a embolia pulmonar é grave e mata muito rápido:
A embolia acontece quando um coágulo entope a veia e obstrui a chegada do sangue ao pulmão – um fenômeno parecido com o que acontece nas artérias do coração, no infarto, ou do cérebro, no acidente vascular cerebral (AVC).
É, portanto, um evento que surge de repente e pode ser fulminante.
O cirurgião vascular Francisco Osse, diretor do Centro Endovascular de São Paulo, explica tudo… a “esmagadora maioria” dos casos de embolia tem origem em uma trombose nas pernas. “Trombose é a formação de um coágulo dentro de uma veia. É mais comum nas pernas, mas pode ser em qualquer lugar do corpo”, afirmou.
Uma das causas da Embolia Pulmonar: ‘Trombose do viajante’.
Uma origem comum para a formação dos coágulos são as longas viagens de avião, no que constitui a “trombose do viajante”.
“Qualquer vôo com mais de quatro horas aumenta em cinco vezes o risco de uma trombose em uma pessoa normal”, disse o cirurgião vascular.
Isso acontece quando uma pessoa passa muito tempo sem andar – ou, principalmente, sem ativar o músculo da panturrilha – a circulação da perna fica comprometida e o sangue tende a coagular.
Além disso, o ar seco do ar condicionado faz com que o organismo perca líquido e o sangue fique mais espesso, o que também aumenta a coagulação. O avião reúne essas duas condições.
Você viaja muito de avião?! Cuidado!!! Passou de 4 horas de vôo tem que se movimentar!!!!
Mais uma Dica importante Para os Viajantes…
Para evitar o problema, os médicos recomendam que os passageiros sempre procurem fazer caminhadas dentro do avião para exercitar a panturrilha.
Contra a desidratação, a dica é beber bastante água e evitar bebidas alcoólicas.
A embolia acontece quando um coágulo entope a veia e obstrui a chegada do sangue ao pulmão – um fenômeno parecido com o que acontece nas artérias do coração, no infarto, ou do cérebro, no acidente vascular cerebral (AVC).
É, portanto, um evento que surge de repente e pode ser fulminante.
O cirurgião vascular Francisco Osse, diretor do Centro Endovascular de São Paulo, explica tudo… a “esmagadora maioria” dos casos de embolia tem origem em uma trombose nas pernas. “Trombose é a formação de um coágulo dentro de uma veia. É mais comum nas pernas, mas pode ser em qualquer lugar do corpo”, afirmou.
Uma das causas da Embolia Pulmonar: ‘Trombose do viajante’.
Uma origem comum para a formação dos coágulos são as longas viagens de avião, no que constitui a “trombose do viajante”.
“Qualquer vôo com mais de quatro horas aumenta em cinco vezes o risco de uma trombose em uma pessoa normal”, disse o cirurgião vascular.
Isso acontece quando uma pessoa passa muito tempo sem andar – ou, principalmente, sem ativar o músculo da panturrilha – a circulação da perna fica comprometida e o sangue tende a coagular.
Além disso, o ar seco do ar condicionado faz com que o organismo perca líquido e o sangue fique mais espesso, o que também aumenta a coagulação. O avião reúne essas duas condições.
Você viaja muito de avião?! Cuidado!!! Passou de 4 horas de vôo tem que se movimentar!!!!
Mais uma Dica importante Para os Viajantes…
Para evitar o problema, os médicos recomendam que os passageiros sempre procurem fazer caminhadas dentro do avião para exercitar a panturrilha.
Contra a desidratação, a dica é beber bastante água e evitar bebidas alcoólicas.
segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013
Coco vai pro Espaço
Em março de 2014, o mundo testemunhará um "feito": A americana Coco Brown (foto), de 34 anos, será a primeira atriz pornô no espaço
Informa em seu site http://gilsonbirman.blogspot.com.br/
Gilson Birman.
Coco, que também usa a alcunha de Honey Love em seus filmes adultos, desembolsou R$ 200 mil para participar da aventura, proporcionada pela SpaceXC, empresa privada da Holanda que promete tornar o turismo espacial viável a partir do próximo ano.
A atriz está na Holanda realizando treinamento com diferentes níveis de gravidade. "É ótimo ter pessoas de todos os tipos de trabalho se juntando a nós", disse um porta-voz da empresa.
Mas Coco não pretende fazer sexo a uma altitude de quase 100 quilômetros.
"Fazer sexo no espaço é um pouco difícil, especialmente em gravidade zero. Você realmente não tem muito controle", disse a atriz ao "Huffignton Post".
Informa em seu site http://gilsonbirman.blogspot.com.br/
Gilson Birman.
Coco, que também usa a alcunha de Honey Love em seus filmes adultos, desembolsou R$ 200 mil para participar da aventura, proporcionada pela SpaceXC, empresa privada da Holanda que promete tornar o turismo espacial viável a partir do próximo ano.
A atriz está na Holanda realizando treinamento com diferentes níveis de gravidade. "É ótimo ter pessoas de todos os tipos de trabalho se juntando a nós", disse um porta-voz da empresa.
Mas Coco não pretende fazer sexo a uma altitude de quase 100 quilômetros.
"Fazer sexo no espaço é um pouco difícil, especialmente em gravidade zero. Você realmente não tem muito controle", disse a atriz ao "Huffignton Post".
Spa nas ferias para criançada
Nas férias escolares, as crianças podem largar os livros e cair na brincadeira, sem hora para acordar nem regras para comer.
Afinal, são férias! Isso vale para a maioria, mas não para uma turma que dedica parte do tempo livre para perder peso e ganhar saúde, nem que seja por imposição dos pais.
O Ambulatório de Endocrinologia Pediátrica do Instituto Estadual de Diabetes e Endocrinologia Luiz Capriglione (Iede), no Centro, aproveita o período para dar um tratamento de choque em seus pacientes.
É uma espécie de spa para a garotada que, mesmo acima do peso, não resiste às guloseimas. Esses adolescentes, a maioria entre 11 e 14 anos, fazem tratamento no ambulatório e ficam internados na unidade cerca de 15 dias. Durante esse período, são avaliados por uma equipe multidisciplinar e submetidos a uma dieta balanceada, com regras e muita atividade física. O projeto já beneficiou 20 pacientes, inclusive bebês, desde sua criação, em 2010.
Em 2009, uma em cada três crianças de 5 a 9 anos estava acima do peso recomendado pela Organização Mundial de Saúde (OMS), segundo dados do Ministério da Saúde. A previsão é que, em 2015, o mundo tenha 700 milhões de obesos e 2,7 bilhões de pessoas (adultos e crianças) com sobrepeso, segundo a OMS.
— A obesidade explodiu como uma epidemia mundial. No Brasil, houve uma mudança do nosso padrão alimentar: da desnutrição, passamos ao excesso de peso. E, proporcionalmente, a obesidade infanto-juvenil cresceu mais. É um envelhecimento precoce dessa população — alerta a coordenadora do Ambulatório de Endocrinologia Pediátrica do Iede, a endocrinologista Carmen Assumpção. Segundo ela, não adianta apenas orientar a criança a fazer dieta. É preciso também tratar a família.
Esforço requer apoio
A mãe, geralmente, é “internada” com o filho e acaba perdendo peso também. Às vezes, a família toda. Há dois anos fazendo tratamento no ambulatório, a pequena Rafaella Silva Lima, de 5 anos, uma das primeiras a participar do programa, foi o ponto de partida para que todos em casa — mãe, pai e irmã mais velha — perdessem juntos 58 quilos. Quando começou o tratamento, com oito quilos a mais do que hoje, Rafaela estava com problemas no fígado, colesterol e triglicerídeos altos e pré-diabetes. Ficou internada com a mãe, Rosângela, durante 16 dias, perdeu seis quilos e provocou mudanças de hábitos em toda a família:
— Foi um período de aprendizagem. Nossa alimentação era muito ruim. Com frequência, a gente comia batata frita, salsicha, pizza, pão de queijo. Refrigerante nunca faltava. Aqui, aprendemos a comer, a selecionar o que comprar no mercado. Levei essa nova forma de se alimentar para nossa casa, e o resultado foi que emagreci, de lá pra cá, 30 quilos; minha filha mais velha, 17 quilos, e meu marido, cinco. Hoje, nossa alimentação é à base de verduras, legumes e peixe. A Rafaela até reclama quando a avó não põe abobrinha no prato dela — comemora Rosângela, mãe da Rafaella.
Rosângela conta que a filha mais velha, Thaís, de 13 anos, foi a mais resistente:
— O mais difícil foi reduzir o arroz e abandonar o refrigerante — disse a adolescente.
Família é exemplo
A família hoje serve de exemplo para as crianças e adolescentes que estão internados na unidade. Na quinta-feira passada, após a revisão no ambulatório, Rosângela, Thaís e Rafaella visitaram Vitor Dias e Leonardo da Silva Guimarães, ambos de 14 anos. Vitor se internou há 15 dias com 97,5 quilos, e Leonardo, com 101. Os dois perderam três quilos durante a internação. O desafio agora é manter a alimentação e continuar emagrecendo, só que em casa. O problema de Leonardo era não ter horário para comer, além da ojeriza a legumes e verduras.
— Ontem, teve lasanha de berinjela. Até que estava gostosa — admitiu o adolescente, provocando cara de nojo em Rosângela, Thaís e Rafaella.
Já Vitor come compulsivamente e, mesmo em tratamento no Iede há três anos, chegou a engordar 40 quilos. A mãe, Sonia Cirino, de 52 anos, que também está acima do peso e perdeu 4 quilos durante a internação do filho, preocupa-se com o retorno para casa.
— Já coloquei cadeado na geladeira. Mas ele ficou agressivo e foi pior — contou.
Afinal, são férias! Isso vale para a maioria, mas não para uma turma que dedica parte do tempo livre para perder peso e ganhar saúde, nem que seja por imposição dos pais.
O Ambulatório de Endocrinologia Pediátrica do Instituto Estadual de Diabetes e Endocrinologia Luiz Capriglione (Iede), no Centro, aproveita o período para dar um tratamento de choque em seus pacientes.
É uma espécie de spa para a garotada que, mesmo acima do peso, não resiste às guloseimas. Esses adolescentes, a maioria entre 11 e 14 anos, fazem tratamento no ambulatório e ficam internados na unidade cerca de 15 dias. Durante esse período, são avaliados por uma equipe multidisciplinar e submetidos a uma dieta balanceada, com regras e muita atividade física. O projeto já beneficiou 20 pacientes, inclusive bebês, desde sua criação, em 2010.
Em 2009, uma em cada três crianças de 5 a 9 anos estava acima do peso recomendado pela Organização Mundial de Saúde (OMS), segundo dados do Ministério da Saúde. A previsão é que, em 2015, o mundo tenha 700 milhões de obesos e 2,7 bilhões de pessoas (adultos e crianças) com sobrepeso, segundo a OMS.
— A obesidade explodiu como uma epidemia mundial. No Brasil, houve uma mudança do nosso padrão alimentar: da desnutrição, passamos ao excesso de peso. E, proporcionalmente, a obesidade infanto-juvenil cresceu mais. É um envelhecimento precoce dessa população — alerta a coordenadora do Ambulatório de Endocrinologia Pediátrica do Iede, a endocrinologista Carmen Assumpção. Segundo ela, não adianta apenas orientar a criança a fazer dieta. É preciso também tratar a família.
Esforço requer apoio
A mãe, geralmente, é “internada” com o filho e acaba perdendo peso também. Às vezes, a família toda. Há dois anos fazendo tratamento no ambulatório, a pequena Rafaella Silva Lima, de 5 anos, uma das primeiras a participar do programa, foi o ponto de partida para que todos em casa — mãe, pai e irmã mais velha — perdessem juntos 58 quilos. Quando começou o tratamento, com oito quilos a mais do que hoje, Rafaela estava com problemas no fígado, colesterol e triglicerídeos altos e pré-diabetes. Ficou internada com a mãe, Rosângela, durante 16 dias, perdeu seis quilos e provocou mudanças de hábitos em toda a família:
— Foi um período de aprendizagem. Nossa alimentação era muito ruim. Com frequência, a gente comia batata frita, salsicha, pizza, pão de queijo. Refrigerante nunca faltava. Aqui, aprendemos a comer, a selecionar o que comprar no mercado. Levei essa nova forma de se alimentar para nossa casa, e o resultado foi que emagreci, de lá pra cá, 30 quilos; minha filha mais velha, 17 quilos, e meu marido, cinco. Hoje, nossa alimentação é à base de verduras, legumes e peixe. A Rafaela até reclama quando a avó não põe abobrinha no prato dela — comemora Rosângela, mãe da Rafaella.
Rosângela conta que a filha mais velha, Thaís, de 13 anos, foi a mais resistente:
— O mais difícil foi reduzir o arroz e abandonar o refrigerante — disse a adolescente.
Família é exemplo
A família hoje serve de exemplo para as crianças e adolescentes que estão internados na unidade. Na quinta-feira passada, após a revisão no ambulatório, Rosângela, Thaís e Rafaella visitaram Vitor Dias e Leonardo da Silva Guimarães, ambos de 14 anos. Vitor se internou há 15 dias com 97,5 quilos, e Leonardo, com 101. Os dois perderam três quilos durante a internação. O desafio agora é manter a alimentação e continuar emagrecendo, só que em casa. O problema de Leonardo era não ter horário para comer, além da ojeriza a legumes e verduras.
— Ontem, teve lasanha de berinjela. Até que estava gostosa — admitiu o adolescente, provocando cara de nojo em Rosângela, Thaís e Rafaella.
Já Vitor come compulsivamente e, mesmo em tratamento no Iede há três anos, chegou a engordar 40 quilos. A mãe, Sonia Cirino, de 52 anos, que também está acima do peso e perdeu 4 quilos durante a internação do filho, preocupa-se com o retorno para casa.
— Já coloquei cadeado na geladeira. Mas ele ficou agressivo e foi pior — contou.
quinta-feira, 31 de janeiro de 2013
Asteroide de Raspão
Descoberto por um astrônomo amador em fevereiro do ano passado, o asteroide 2012 DA14 por pouco não vai atingir a Terra no mês que vem. No próximo dia 15 de fevereiro, esta rocha espacial de cerca de 50 metros de diâmetro vai passar a apenas 22 mil quilômetros da superfície do planeta, menos de um décimo da distância da Lua, e dentro da região da órbita onde estão localizados os satélites geoestacionários de telecomunicações e meteorologia. Segundo os astrônomos, o asteroide não apresenta risco de colisão imediato nem no futuro próximo, mas sua passagem será acompanhada com grande interesse por apresentar uma oportunidade única para estudar este tipo de objeto, refinar os modelos usados para sua detecção e calcular a dinâmica de sua interação gravitacional com a Terra.
Relata o engenheiro Gilson Birman, em seu blog, http://gilsonbirman.blogspot.com.br/
— Estamos bastante animados com a possibilidade de observar o asteroide com telescópios — conta Alexandre Cherman, astrônomo da Fundação Planetário do Rio. — Ele vai passar a uma distância que é ridiculamente pequena em termos astronômicos e recorde na astronomia moderna.
Impacto provocaria devastação local
Segundo Cherman, o fato de o 2012 DA14 ter sido detectado há um ano e sua órbita já ter sido calculada com tamanha precisão é uma mostra da evolução de nossa capacidade de rastrear este tipo de objeto, mesmo os menores deles. Apesar do tamanho reduzido, caso estivesse em rota de colisão com o planeta, o asteroide poderia causar estragos consideráveis, que dependeriam de sua composição, velocidade, ângulo e local de impacto. Em 1908, um objeto de dimensões semelhantes teria explodido no céu sobre a desabitada região de Tunguska, na Sibéria, com uma força estimada em 2,5 megatons, o equivalente a uma bomba termonuclear de médio porte, derrubando ou destruindo 80 milhões de árvores em uma área de aproximadamente 2 mil quilômetros quadrados. Não seria um evento global como o do asteroide que, se acredita, exterminou os dinossauros. Este tinha entre três e oito quilômetros de diâmetro e liberou a energia de milhares de bombas nucleares. Mas seria mais do que suficiente para devastar uma grande cidade, deixando um rastro de milhões de mortos.
— Um objeto deste tamanho atinge a Terra uma vez a cada 100 ou 120 anos, então estatisticamente já estamos passando da hora — lembra Cherman. — Mas como 75% da superfície da Terra são de água, o mais provável é que ele caísse sobre um oceano. E mesmo que atingisse o solo, seria uma explosão considerável, mas com uma devastação muito localizada.
Segundo o astrônomo do Planetário, será difícil observar a passagem do asteroide no céu do Rio devido a sua trajetória. Apesar de os cálculos indicarem que ele vai chegar a uma magnitude entre 7 e 8, brilhante o bastante para ser visto com um binóculo, o horário da aproximação máxima (17h30) e sua rota, entrando na sombra do planeta, vão escondê-lo dos olhos dos cariocas. O 2012 DA14, porém, deverá voltar a se aproximar em 2020, quando novamente passará a uma distância inferior à da Lua e sem risco de colisão.
Assinar:
Postagens (Atom)