A maneira mais comum de procurar informações na internet
foi posta em xeque por uma decisão da justiça europeia.
Um tribunal autorizou cidadãos a pedirem que os nomes
deles não apareçam nas buscas do google.
Foi o reconhecimento do chamado direito de ser
esquecido.
A decisão que pode ter reflexos na
internet mundial foi a favor de um cidadão espanhol: Mario Costeja Gonzales.
Quando alguém procurava o nome na
internet, aparecia uma antiga notícia sobre a venda da casa dele para pagar
dívidas.
Nesta terça-feira (13), ele ganhou a ação contra o
Google, a maior empresa de buscas da internet do mundo.
O tribunal de justiça da União Europeia, a mais alta corte do continente, decidiu que as ferramentas de busca são obrigadas a eliminar da lista que apresentam aos internautas os links para as páginas que contenham informações sobre uma pessoa, se ela assim desejar.
O tribunal de justiça da União Europeia, a mais alta corte do continente, decidiu que as ferramentas de busca são obrigadas a eliminar da lista que apresentam aos internautas os links para as páginas que contenham informações sobre uma pessoa, se ela assim desejar.
A internet é uma espécie de gigantesca
biblioteca.
A ferramenta de busca é como a bibliotecária que nos
ajuda a encontrar o que queremos.
A decisão desta terça não exige que informações sejam
apagadas da internet.
Mas, sem a ajuda das ferramentas de busca, será muito
difícil encontrá-las, ficarão praticamente perdidas.
Uma porta-voz da comissão europeia disse
que a privacidade dos cidadãos será mais protegida.
A empresa declarou que vai precisar de tempo para
analisar as consequências.
A decisão vale para todas as ferramentas
de busca que tenham escritório na Europa e para casos ocorridos neste
continente.
Mas em tese, não se aplica a pessoas públicas.
Melody Patry, da organização Index on
Censorship, que luta pela liberdade de expressão, disse que o caso é claramente
censura, porque o tribunal não proibiu a difamação de uma pessoa, mas impediu o
acesso a um fato que realmente ocorreu.
"Isso pode encorajar países como o Brasil a fazer o
mesmo, já que há inúmeros casos de difamação e pedidos para tirar conteúdo da
internet", disse.
De acordo com a página do Google, o Brasil
é o segundo país em número de ordens judiciais para impedir acesso à conteúdo
da internet, só perde para os Estados Unidos.
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