sexta-feira, 24 de abril de 2015

Dólar fecha em queda, mas ainda acima de R$ 3


 

 

Após chegar a ser negociado abaixo de R$ 3, o dólar reduziu a intensidade de queda e fechou nesta quarta-feira (22) a R$ 3,0083 na venda, com um recuo de 0,62%.

O mercado de câmbio foi influenciado por operações pontuais, enquanto os investidores aguardavam a divulgação do balanço auditado da Petrobras e permaneciam atentos a votação de medidas importantes no Congresso.

Durante o pregão, a moeda dos Estados Unidos chegou a ser cotada a R$ 2,9969 na mínima, mas o movimento perdeu força.

Barreira dos R$ 3
A última vez que o dólar fechou abaixo dos R$ 3 foi em 4 de março (R$ 2,9807).

"A barreira dos 3 reais ainda é um pouco mais difícil de romper e quando chega nesse nível acaba atraindo compra", disse à Reuters o gerente de câmbio da Correparti João Paulo De Gracia Correa.

"O mercado está mais estável e o movimento da sessão reflete operações pontuais de entrada que fizeram o dólar cair", afirmou o diretor de câmbio do Banco Paulista, Tarcísio Rodrigues.

Além da expectativa pelos resultados da Petrobras, o mercado aguardava ainda a votação de medidas importantes no Congresso. A expectativa é que o Congresso pode votar ainda nesta sessão a Medida Provisória 665, que altera regras de acesso a benefícios trabalhistas.

O Plenário da Câmara volta a analisar destaques ao projeto da terceirização nesta tarde, enquanto o Plenário do Senado deve analisar projeto sobre a indexação da dívida de Estados e municípios.

No mercado externo, a moeda norte-americana rondava a estabilidade em relação a uma cesta de moedas.

Nesta manhã, o BC brasileiro vendeu a oferta integral de até 10,6 mil swaps para rolagem dos contratos que vencem em 4 de maio, equivalentes a R$ 10,115 bilhões. Até o momento, a autoridade monetária já rolou cerca de 71% do lote total.

 

segunda-feira, 20 de abril de 2015

Serviços on-line comercializam todo documento



Uma empresa que presta serviços para o governo e empresas privadas monitorou e identificou milhares de serviços on-line que comercializam documentos falsos. São diplomas escolares de todos os tipos — os mais comuns, os de graduação e de ensino médio — carteira de trabalho, carteira de identidade, carteira de habilitação e até passaporte. O comércio ilegal de Carteira Nacional de Habilitação (CNH) está na ponta desse golpe. Foram identificados 3.143 casos de venda de CNH; 2.006 casos de venda de diplomas falsos de cursos reconhecidos pelo Ministério da Educação, e 476 casos de carteira de trabalho.

Um dos sites anuncia a venda do “kit vida nova” e comercializa todos os tipos de documentação, como RG, CPF E CNH. É comum nesses anúncios a expressão “documentação quente e on-line”. Outro anúncio desse tipo aparece assim: “se você precisa com urgência comprovar escolaridade através de um diploma universitário, pós-graduação, MBA, mestrado: atuando no mercado a (sic) mais de cinco anos, nossos clientes têm utilizado nossos documentos para concursos públicos, novos empregos e promoção”. E ainda faz um alerta: “Você encontrou a solução para seus problemas. Chega de ser enganado com promessas impossíveis de serem cumpridas. Pague um preço justo e apenas quando estiver com o documento em suas mãos. Peça informações e será respondido imediatamente de forma discreta e absolutamente sem compromisso”. O preço é R$ 3.500,00.

Kacio Lopes, diretor da Axur Cyber Inspection for Safer Web, empresa que fez o monitoramento, afirmou que chama a atenção a ousadia dos golpistas e a quantidade da oferta desse tipo de comércio na rede:

— A internet não é mais só conveniência, onde se adquire produtos legais de forma rápida. Mas também virou uma gigantesca vitrine para o ilícito.

A empresa desenvolveu softwares capazes de aprofundar e filtrar esses sites. São 70 profissionais trabalhando no desenvolvimento de tecnologia e na operação. A empresa acredita que, para evitarem ser flagrados e conseguirem chegar ao público-alvo, esses golpistas usem jovens que dominam as ferramentas da internet. Seriam hackers do mal.

— Só que as pessoas acham que é impossível fiscalizar a internet. E não é. Tudo ali deixa rastro. Mas uma coisa é identificar a origem e outra é controlar o efeito dessas ações. A internet é a maior fonte de muita fraude no mundo real — afirmou Kacio Lopes.

Uma simulação de compra de vários tipos de documentos vendidos por esses sites constatou que a indústria da farsa não tem limites. O interessado fictício fez contato com o site que se apresenta como “ensino médio 300”, que vende diploma ilegal. O próprio vendedor assume se tratar de algo ilegal e que não tem garantias: “Entendo sua preocupação. Realmente é um risco, mas vamos e venhamos, toda pessoa que decide encurtar algum caminho ou burlar alguma lei corre certos tipos de riscos. Você está comprando um diploma e não um aparelho de TV. Então, se quiser mesmo fechar negócio, estamos aqui para bem atendê-lo. Mas, com relação a garantia real, não existe, pois é algo ilícito. Porém, registramos tudo certinho, de forma legal, e que não levanta nenhuma suspeita quando o mesmo for apresentado”, informou o vendedor de diploma, por e-mail.

Na simulação de contratação de serviços irregulares, foi feito ainda um contato com um site que anuncia venda de título de eleitor. A pessoa que se apresentou como assessor de um político interessado em obter mil títulos eleitorais para serem usados na próxima eleição perguntou aos operadores do site se era possível fechar o negócio. O site “Brasil Documentos” respondeu: "Onde o senhor reside? Quantos anos tem? O documento é original, constando todos os dados no Sistema do Banco de Dados do TSE ( Tribunal Superior Eleitoral). Documento pode ser apresentado em qualquer local que seja solicitado sem problemas”.

Na abordagem a um site que vende carteira de trabalho, foi solicitada informação sobre garantias via o e-mail fornecido. Em resposta, o operador do site garantiu a qualidade do serviço: “Olha, nosso trabalho é sério, mexemos somente com documentos quentes. Pode apresentar para oficiais sem medo, não terá nenhum tipo de problema. Consegue fazer financiamento sem problemas. Até hoje não houve nenhum tipo de reclamação de nossos clientes”.

 

quarta-feira, 1 de abril de 2015

Ministério Público embarga obras condomínio em Petrópolis.



 

O Ministério Público Federal em uma ação conjunta com o Instinto Chico Mendes (ICM-Bio) embargou nesta segunda-feira (30), a construção de um condomínio de luxo na Rua Washington Luiz, em Petrópolis, Região Serrana do Rio. Faltando cerca de um mês para entrega oficial das 108 unidades, esta já é a segunda vez que o local tem às obras suspensas, isso, porque de acordo com o MP, cerca de mil árvores em estágio médio de regeneração foram cortadas no local, que tem está em área de conservação ambiental.

Na última quinta-feira (26) uma decisão expedida pela II Vara da Justiça Federal em fevereiro foi revogada e, por isso as obras suspensas. Além do embargo, o ICM-BIO lavrou dois autos de infração totalizando uma multa de R$ 2,5 milhões. Segundo o MP, no entanto, a autorização do corte das árvores ainda será apurado.

Outro ponto detectado durante o embargo foi a estrutura, que não atende algumas limitações do local, como a de residências unifamiliares e o máximo de dois pavimentos por edificação. O condomínio é formado por nove prédios de três andares e demorou 2,5 anos para ficar pronto.

Em contato com as construtoras responsáveis pelo empreendimento João Fortes Engenharia, P+ e Klacon, todo trâmite para o licenciamento do empreendimento Quinta de Altiora foram seguidas, conforme exigências do poder público, incluindo as licenças ambientais que foram emitidas pela Prefeitura Municipal de Petrópolis. A empresa questiona que uma vez que as empresas, sócias no empreendimento obtiveram toda a documentação exigida para a construção com os órgãos técnicos responsáveis,  cabe a ela prestar os esclarecimentos. A prefeitura, no entanto, ainda não se pronunciou sobre o caso.