Os alimentos ricos em amido, como as batatas, quando cozidas a temperaturas superiores a 120°C geram uma reação química que origina produtos tóxicos que aceleram o envelhecimento. A informação foi divulgada pela Academia Nacional de Farmácia da França.
Esses alimentos, submetidos a altas temperaturas ocasionam um processo de glicação (soma entre uma proteína e carboidrato) avançada, conhecido como AGE, que pode acelerar o envelhecimento, segundo um estudo dirigido por Eric Boulanger, especialista em Biologia da Universidade de Lille 2.
As partes queimadas das batatas fritas e cozidas, assim como do pão tostado, as bolachas, o pão branco e o café, contêm acrilamida, um composto comprovadamente cancerígeno e neurotóxico em células animais, embora não em seres humanos.
Um recente estudo americano realizado em homens e animais mostra que esses produtos podem provocar no ser humano problemas de memória similares ao alzheimer. A partir dessa pesquisa, a equipe de Boulanger estabeleceu a existência de um vínculo entre esses produtos e o envelhecimento vascular, que causa maior rigidez nas artérias e hipertensão.
Para evitar consequências negativas, os pesquisadores franceses recomendam cozinhar os alimentos com água, vapor ou no micro-ondas, frente ao assado ou preparado na grelha.
terça-feira, 25 de março de 2014
A renovada ameaça iraniana
Nada
melhor que as comemorações de Purim para analisar os efeitos da atual
conjuntura internacional sobre os esforços iranianos para avançar, dissimuladamente,
seu programa nuclear nada pacífico.
Nas
últimas semanas a situação na Ucrânia tem chamado a atenção de estrategistas ao
redor do mundo, tanto por seu potencial bélico quanto pelas lições que dela
podem ser aprendidas. Apesar disso, no Oriente Médio continua a guerra na
Síria, agora entrando em seu terceiro ano e sem sinais de arrefecimento e o
Irã, afastado do foco, manobra para consolidar seu programa nuclear.
Não
há por enquanto nenhuma resposta às perguntas que fizemos em nossa última
análise: nenhuma instalação foi desativada, não houve comprometimento iraniano
em relação às centrífugas, e não há qualquer
limitação ao programa de mísseis de longo alcance.
A
disputa na Ucrânia pode ter ainda outras consequências extra-regionais: se
houver um posicionamento europeu e norte-americano muito duro frente à Rússia,
esta poderia retaliar reabrindo as negociações com o Irã para o fornecimento de
baterias de misseis S-300, a posse dos quais aumentaria significativamente o
custo de uma ofensiva contra as instalações nucleares iranianas. E ainda que os
russos tenham apoiado as sanções contra o Irã e se oponham a sua nuclearização,
uma maior pressão contra a Rússia, especialmente econômica, poderia levar os
russos a buscar uma compensação na venda de armas e equipamentos nucleares (um
novo reator) ao Irã.
Qual
é então o teor da ameaça iraniana e quais são as opções de que dispõem os
formuladores israelenses da politica de segurança nacional? Israel conseguiu gerar,
ao longo dos últimos anos, a necessária reação internacional para combater o
programa nuclear iraniano. As sanções impostas ao Irã são o reconhecimento, por
parte das grandes potencias, de que o programa nuclear iraniano não era
pacifico e os israelenses agiriam unilateralmente para interrompe-lo. Mas ao
longo do ultimo ano os engajamentos norte-americanos levaram a uma
flexibilização e à aceitação das posições menos hostis do novo presidente
iraniano – o que dá folego ao Irã e renova a ameaça.
A
maior parte dos elementos não mudou:
- O Irã continua a
negar a Israel o direito à existência
- Atua ao redor do
mundo em uma campanha de de-legitimação.
- Apoia abertamente
grupos terroristas engajados na destruição de Israel e instituições
judaicas
- O Irã certamente já
adquiriu a infraestrutura necessária para a produção de mais de uma bomba
nuclear, e os meios para lançá-la.
Quais
seriam as consequências da obtenção por parte do Irã de tal capacidade?
- Os Estados Unidos e
as outras grandes potências teriam de enfrentar a nova capacidade de
dissuasão do Irã, o que limitaria seriamente sua capacidade de
intervenção.
- Ainda que houvesse
uma grande disparidade em relação ao poderio, Israel deixaria de ter o
monopólio nuclear no Oriente Médio e sua capacidade ofensiva se reduziria
dramaticamente.
- O Irã atrairia inúmeros
países-satélite no Oriente Médio e
na Ásia Central
- O aumento do
prestigio do governo fortaleceria o regime diminuindo as possiblidades de
uma alternância promovida pela oposição.
Há
dois anos o ex-presidente Rafsanjani, (como o atual, considerado um moderado)
declarou corretamente que Israel, dadas suas reduzidas dimensões, não poderia
sobreviver nem a uma bomba, e uma paridade nuclear tornaria Israel muito mais
vulnerável a uma longa guerra convencional de atrito. O apoio do Irã ao Hamas e
outros grupos radicais que negam o direito de Israel à existência garantem
também a inviabilidade de um acordo de paz com os palestinos; os acordos já
assinados com o Egito e a Jordânia tiveram sua origem no reconhecimento de que
Israel não poderia ser derrotado – realidade que o Irã tenta minar.
Até 2009 Israel promoveu uma política baseada em
ações secretas, como o assassinato de cientistas iranianos e a introdução de
vírus que comprometiam o movimento das centrifugas de enriquecimento de uranio.
E ainda que efetivo, o esforço não foi
suficiente para interromper o programa, obrigando os israelenses a reiterar sua
disposição de engajar-se unilateralmente em uma ação militar; somente isso
levou a um maior envolvimento das grandes potências e a uma intensificação das
sanções que agora estão sendo relaxadas.
No ultimo ano a discussão tornou-se publica em
Israel, com vários elementos apontando
para os custos de uma ação militar contra o Irã. Mas o dilema de um Irã nuclear
tem de ser enfrentado pelo conjunto de países liderados pelo grupo 5+1, alvos
potenciais não somente de um Irã equipado com artefatos nucleares e foguetes,
mas também aliado de organizações terroristas que tem buscado estes elementos
para praticar atentados ao redor do globo.
Um Irã nuclear poderia paralisar a livre circulação
marítima através do Golfo Persico, levando a um colapso da economia mundial,
mesmo em uma era do pré-sal e da exploração das camadas de xisto nos Estados
Unidos. Mas este também poderia ser o resultado de um ataque às instalações
nucleares do Irã. Mas qual teria sido a possível reação do ocidente à invasão
do Kuwait pelo Iraque em 1990, se Israel não tivesse bombardeado o reator de
Osirak e Saddam Hussein tivesse obtido armas nucleares?
Um Irã nuclear levaria ainda a uma corrida armamentista
em toda a região, com o provável fornecimento pelo Paquistão de armas nucleares
para a Arábia Saudita e à nuclearização do Egito e da Turquia.
Se
as sanções não forem efetivas (especialmente num ambiente em que o preço do
barril de petróleo ronda os 100 dólares) restam somente duas opções: um ataque
às instalações iranianas, ou a aceitação do Irã como mais uma potência nuclear.
A maioria dos especialistas concorda com a inviabilidade de um ataque, tanto em
função de seu possível resultado parcial quanto de seu custo. Diferentemente do
que ocorreu com o ataque ao reator iraquiano de Osirak em 1981, ou às supostas
instalações nucleares da Síria em 2007, um ataque ao Irã não poderia eliminar o
programa nuclear iraniano.
A
destruição do facilmente identificável reator em Busher somente causaria uma
catástrofe ambiental, enquanto a maioria das instalações ligadas ao programa e
dedicadas ao enriquecimento de urânio estão de alguma maneira protegidas, ou
por terem sido construídos em áreas subterrâneas ou por terem localização ainda
desconhecida. Assim, se um ataque israelense, norte-americano, ou conjunto
pudesse fazer retroceder em alguns anos o programa nuclear iraniano, certamente
não poderia destruí-lo, e levaria a uma coesão da opinião pública iraniana que
destruiria qualquer perspectiva de derrubada do atual governo. E o custo seria
enorme: os iranianos certamente retaliariam contra as bases e tropas
norte-americanas estacionadas no Golfo Pérsico, minariam o Estreito de Hormuz e
utilizariam sua frota de lanchas de assalto e mísseis anti-navio, impedindo ou
seriamente dificultando a passagem de petroleiros que transportam 40% do
petróleo em circulação no mundo. A efetividade de tais mísseis ficou comprovada
durante o conflito no Líbano em 2006, quando um navio israelense foi atingido,
e seriamente danificado, por um míssil fornecido pelo Irã e lançado pelo
Hizballah.
Os
“clientes” iranianos no Líbano e na Faixa de Gaza provavelmente se veriam
obrigados a participar do confronto, utilizando seu arsenal de foguetes contra
o território israelense, e Israel se veria numa situação extremamente
vulnerável já que, seus aviões engajados no ataque ao Irã, não poderiam
eliminar os mísseis de longo alcance de posse do Hizballah. Se no confronto de
2006 um milhão de moradores do norte de Israel abandonou suas casas, não é
difícil imaginar o impacto provável de
mísseis atingindo bairros de grandes centros urbanos como Jerusalém e Tel Aviv.
Aparentemente há poucas opções de
utilização de hard power, a não ser
que os israelenses identifiquem avanços significativos no programa nuclear
iraniano, aliados a uma percepção de que um Irã nuclear possa representar uma
ameaça existencial a Israel. Caso contrário, um Irã tornado invulnerável como
potencia nuclear representará muito mais uma ameaça aos interesses
norte-americanos na região, exigindo dos Estados Unidos a expansão de seu
guarda-chuva nuclear ou a aceitação de uma nova corrida armamentista nos moldes
do início da Guerra Fria, com todas as implicações de sua instabilidade.
O atual governo israelense tem de
tomar decisões difíceis, que certamente comprometerão o futuro do país, e não é
surpreendente que se mova com tanta cautela em relação aos palestinos e aos
sacrifícios que tem sido exigidos de sua parte para um avanço das negociações.
sexta-feira, 14 de fevereiro de 2014
Schumacher
“A família de Michael gostaria de expressar sinceros agradecimentos pela contínua simpatia proveniente de todo o mundo. Os bons votos que recebemos ajudam a família e estamos convencidos de que também ajudam a Michael, que ainda está em processo de acordar.
Como muitas vezes, em tal situação, nenhum dia é igual ao outro. A família agradece a compreensão pelo desejo de que não sejam divulgados detalhes médicos, a fim de proteger a privacidade de Michael. Como assegurado desde o início, vamos continuar a comunicar qualquer nova informação decisiva sobre o estado de saúde de Michael. Estamos conscientes de que a fase de despertar pode levar um longo tempo.
A família continua a acreditar fortemente na recuperação de Michael e coloca toda sua confiança nos médicos, enfermeiros e auxiliares. O importante não é a velocidade da recuperação de Michael, mas que o processo de cura progrida de forma contínua e controlada.”
Como muitas vezes, em tal situação, nenhum dia é igual ao outro. A família agradece a compreensão pelo desejo de que não sejam divulgados detalhes médicos, a fim de proteger a privacidade de Michael. Como assegurado desde o início, vamos continuar a comunicar qualquer nova informação decisiva sobre o estado de saúde de Michael. Estamos conscientes de que a fase de despertar pode levar um longo tempo.
A família continua a acreditar fortemente na recuperação de Michael e coloca toda sua confiança nos médicos, enfermeiros e auxiliares. O importante não é a velocidade da recuperação de Michael, mas que o processo de cura progrida de forma contínua e controlada.”
sexta-feira, 7 de fevereiro de 2014
Substância usada em explosivos virou mania nas academias
LONDRES - Quatro mortes no Reino Unido e
até 60 outras no mundo foram atribuídas à substância 2,4-dinitrofenol (DNP),
composto químico popular entre bodybuilders e pessoas com
transtornos alimentares. Mas o DNP não é novo e seus efeitos letais são
conhecidos por um século: o primeiro uso deste princípio ativo em escala
industrial aconteceu na França, durante a Primeira Guerra Mundial, na produção
de explosivos. Os trabalhadores expostos ao DNP apresentaram perda de peso,
fadiga, suor excessivo e alta temperatura corporal. Muitas mortes ocorreram
antes que medidas de segurança fossem tomadas, segundo o jornal “The Guardian”.
Tais observações levaram os pesquisadores
Maurice Tainter e Windsor Cutting, da Universidade de Stanford, a estudar os
efeitos do DNP; em 1933 eles relataram que o metabolismo era estimulado em 50%
com o uso da substância. Estoques de gordura e carboidratos desapareciam,
levando a uma perda de 1,5kg por semana sem que fosse necessária qualquer
restrição alimentar. Os pesquisadores viram o potencial do DNP no tratamento
para perda de peso, mas alertaram sobre os perigos desconhecidos do uso
prolongado e do potencial de superaquecimento fatal com a administração de
altas doses.
Como a perda de peso sem dieta é um sonho,
as observações dos pesquisadores ficaram para trás e, em um ano cerca de cem
mil pessoas tinham tomado DNP nos EUA, através de vendas sem prescrição ou
supervisão. De início a droga parecia segura, mas conforme o número de
pacientes aumentava ou usava por longos períodos, vários efeitos colaterais
foram relatados, como lesões de pele e uma epidemia de catarata decorrente do
DNP. Um homem literalmente cozinhou até morrer com a temperatura corporal de
43,3ºC. Em 1938 o DNP foi considerado extremamente perigoso e não adequado para
consumo humano.
Em 1948, os bioquímicos W F Loomis e Fritz
Lipmann, da Universidade de Harvard, mostraram que o DNP interrompe a geração
de energia nas células, por isso ajuda a emagrecer. Em 1960, o médico russo
Nicholas Bachynsky conheceu os efeitos do DNP ao traduzir jornais médicos
russos para o governo americano. Os russos tinham usado DNP para manter os
soldados aquecidos durante o inverno, tendo como principal efeito colateral a
perda de peso. Nos anos 1980 Bachynsky usou esse conhecimento criando clínicas
de emagrecimento com a promessa de perda de peso de até 7 kg por semana. Cerca
de 14 mil pacientes fizeram seu programa e Bachynsky ficou rico.
Reclamações sobre os efeitos colaterais da
droga se acumularam na FDA e surgiram ações legais contra Bachynsky, baseadas
no uso de uma droga não aprovada, mas só em 1986 uma liminar preventiva foi
emitida contra o uso de DNP. Mesmo assim ele continuou tratando pacientes com
DNP até ser condenado por fraude de seguros e acabar na prisão.
Na prisão Bachynsky conheceu Dan Duchaine,
conhecido como “guru dos esteroides”, preso por vender ilegalmente estas
drogas. Nos anos 1990, já fora da prisão, Duchaine promoveu o DNP no meio do bodybuilding
e a substância foi ressuscitada mais uma vez.
quarta-feira, 22 de janeiro de 2014
Neymar
O juiz espanhol Pablo Ruz aceitou nesta quarta-feira ação contra o
presidente do Barcelona, Sandro Rossell, pelo suposto crime de apropriação
indébita na contratação do atacante Neymar.
"Tudo o que foi indicado anteriormente leva a estimar a priori como verossímil a classificação dos fatos relatados na denúncia... como constitutivos de um possível crime de apropriação indébita do artigo 252 do Código Penal", disse o juiz na decisão.
Neymar foi o principal reforço do time catalão para a atual temporada, e o clube afirmou ter investido 57,1 milhões de euros para contratar o brasileiro.
No entanto, os detalhes do contrato são cercados de mistério, e um sócio do clube, Jordi Cases, apresentou a denúncia por não ter recebido do Barcelona informações solicitadas.
O Ministério Público espanhol pediu neste mês uma investigação sobre o pagamento de 40 milhões de euros a uma empresa do pai de Neymar.
Agora, o juiz acatou o processo e solicitou informações à Fifa, a Neymar, ao Santos e ao Barcelona, assim como um relatório de especialistas da Deloitte, a empresa que elaborou as auditorias sobre as contas do clube.
Na última segunda-feira, o presidente do Santos, Odílio Rodrigues, disse que o clube alvinegro pode questionar o Barcelona para saber o destino do suposto dinheiro não declarado pago pela contratação do atacante Neymar em 2013.
Por enquanto, o juiz não convocou Rossell. O dirigente nega irregularidade e se ofereceu a testemunhar perante o juiz, para não ter que revelar cláusulas de confidencialidade que outras pessoas o pediram para assinar.
"Tudo o que foi indicado anteriormente leva a estimar a priori como verossímil a classificação dos fatos relatados na denúncia... como constitutivos de um possível crime de apropriação indébita do artigo 252 do Código Penal", disse o juiz na decisão.
Neymar foi o principal reforço do time catalão para a atual temporada, e o clube afirmou ter investido 57,1 milhões de euros para contratar o brasileiro.
No entanto, os detalhes do contrato são cercados de mistério, e um sócio do clube, Jordi Cases, apresentou a denúncia por não ter recebido do Barcelona informações solicitadas.
O Ministério Público espanhol pediu neste mês uma investigação sobre o pagamento de 40 milhões de euros a uma empresa do pai de Neymar.
Agora, o juiz acatou o processo e solicitou informações à Fifa, a Neymar, ao Santos e ao Barcelona, assim como um relatório de especialistas da Deloitte, a empresa que elaborou as auditorias sobre as contas do clube.
Na última segunda-feira, o presidente do Santos, Odílio Rodrigues, disse que o clube alvinegro pode questionar o Barcelona para saber o destino do suposto dinheiro não declarado pago pela contratação do atacante Neymar em 2013.
Por enquanto, o juiz não convocou Rossell. O dirigente nega irregularidade e se ofereceu a testemunhar perante o juiz, para não ter que revelar cláusulas de confidencialidade que outras pessoas o pediram para assinar.
quinta-feira, 16 de janeiro de 2014
Anão no Metro
Num
vagão de metrô, um anão começou a escorregar pelo banco e um passageiro ao seu
lado,
solidário, o recolocou na posição.
solidário, o recolocou na posição.
Pouco
depois, lá ia o anão escorregando e o mesmo passageiro o recolocava no assento,
com toda gentileza.
com toda gentileza.
Quando
a situação se repetiu pela quinta vez, o homem, já puto, esbravejou:
-
Caramba, você não consegue ficar com a bundinha sentadinha direito no banco,
porra?
Ao
que o anãozinho respondeu:
- Porra digo eu, meu amigo, já era para eu ter
desembarcado a três estações, mas você não deixa!
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