quarta-feira, 8 de janeiro de 2020

Forte Chuva em Petrópolis


A cidade de Petrópolis, na Região Serrana do Rio, sofre com uma forte chuva que atinge o município na tarde desta quarta-feira. Há registro de diversas ruas alagadas em diferentes pontos, inclusive com carros sendo arrastados. Os bairros Bingen e Quitandinha estão entre os mais atingidos.

De acordo com o último boletim da Secretaria de Defesa Civil e Ações Voluntárias, divulgado às 17h50m, foram registradas 45 ocorrências por conta de uma pancada de 90 milímetros de chuva em menos de uma hora nesta tarde em Petrópolis: quase nove vezes mais que o esperado para o dia de hoje, de acordo com o órgão. Ao todo, até agora, foram 33 casos de deslizamentos de terra, em ruas como Veridiano Felix, na Estrada da Saudade, Alagoas, no Quitandinha, Carlos Frederico Keuper, na Mosela e Paulo Hervê no Bingen. Além disso, houve alagamentos em diversos pontos na cidade, como em ruas do Centro, Quitandinha, Valparaíso, Mosela e Bingen. Equipes do órgão estão nas ruas atendendo aos chamados.


Ainda de acordo com a nota, a Defesa Civil está em estado de atenção, por causa da previsão de mais chuva para as próximas horas e 55 agentes estão de prontidão para atender aos chamados dos moradores. Nas últimas 96 horas, o pluviômetro da Rua 24 de Maio registra 201.8 milímetros acumulados.

— É importante que os moradores que vivem em áreas de risco tenham atenção redobrada, já que chove na cidade desde o dia 2 de janeiro e o acumulado está alto — afirmou o secretário de Defesa Civil e Ações Voluntárias, coronel Paulo Renato.

Em caso de qualquer sinal de instabilidade no imóvel ou terreno, a Defesa Civil  pede para que ligue para o número 199 e peça uma vistoria preventiva ao órgão. A ligação e o serviço são gratuitos.

— A coisa ficou bem complicada. Nós já enfrentamos muitos problemas com enchentes, mas, desta vez, parece que houve alagamento em muitos lugares, até onde normalmente não há. Na Coronel Veiga, que liga o Centro ao Quitandinha, uma via com bastante movimento, a rua ficou alagada, mas ali é até comum. Em outros pontos como no próprio Palácio, o lago transbordou e tomou as pistas em volta. O rio transbordou acima do normal, e os bueiros também parecem ter entupido acima do normal — contou o morador Vítor de Paiva, de 27 anos.

Atenção redobrada na Serra
Ainda não há registro de ocorrências, como deslizamentos, por exemplo, em função do temporal na estrada que liga Petrópolis ao Rio. No entanto, a grande quantidade de chuva que cai na região desde os primeiros dias do ano exige que motoristas tenham atenção na Serra. Em nota, a Conser, concessionária que administra a via, recomenda prudência redobrada.

Brincadeira perigosa
Além das imagens assustadoras da água arrastando carros e deixando pessoas ilhadas, uma atitude inusitada de dois homens também ganhou atenção de moradores do bairro. Numa brincadeira perigosa, um deles se vestiu como se fosse à praia surfar, pegou sua prancha e a amarrou na moto do colega, como se ela fosse um jet-ski. Resultado: o wakeboard da dupla virou centro das atenções por onde passou, e diversos internautas registraram a cena. Em todas elas, o surfista se desequilibra e acaba caindo.

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Iran struck back at the US

TEHRAN, IRAN
Iran struck back at the United States early on Wednesday for killing its most powerful military commander, firing a barrage of ballistic missiles at two Iraqi military bases that house American troops in what the Iranian supreme leader said was a “slap” against America's military presence in the region.

The retaliation is another dangerous escalation that could draw the region deeper into turmoil, despite insistence by Washington and Tehran that neither side wants war. U.S. and Iraqi officials said there were no casualties among their forces.

Iran's Supreme Leader Ayatollah Ali Khamenei made clear that Iran's missile strikes were in revenge for the U.S. killing of Revolutionary Guard Gen. Qassem Soleimani, whose death last week in an American drone strike in Baghdad prompted angry calls for vengeance and drew massive crowds of Iranians, said to number in the millions, to the streets to mourn him. Khamenei himself wept at the funeral in a sign of his bond with the commander.

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domingo, 5 de janeiro de 2020

A MENINA DAS MAÇÃS



 Por favor, leia esta história interessante que está prestes a ser um filme.  A garota das maçãs.  Uma verdadeira história de sobrevivência do Holocausto e dos misteriosos caminhos de Deus que reuniram as pessoas aqui nos Estados Unidos depois que suas vidas se terem cruzado nos dias sombrios de Hitler.

 Agosto de 1942. Piotrkow, Polônia

 O céu estava sombrio naquela manhã enquanto esperávamos ansiosamente.
 Todos os homens, mulheres e crianças do gueto judeu de Piotrkow tinham sido reunidos numa praça.

 As notícias eram de que estávamos sendo transladados.  Meu pai havia morrido recentemente de tifo, que corria desenfreado pelo gueto lotado.  Meu maior medo era que nossa família fosse separada.

 - Faça o que fizer - sussurrou Isidore, meu irmão mais velho -, não diga a sua idade.  Diga que você tem dezesseis anos.

 “Eu era alto para um garoto de 11 anos, por isso eu consegui.  Dessa forma, podia ser considerado valioso como trabalhador. '

 Um homem da SS se aproximou de mim, botas estalando contra os paralelepípedos.  Ele me olhou de cima a baixo e depois perguntou minha idade.

 "Dezesseis", eu disse.  Ele me dirigiu para a esquerda, onde meus três irmãos e outros jovens saudáveis ​​já estavam.

 Minha mãe foi levada para a direita com as outras mulheres, crianças, doentes e idosos.

 Eu sussurrei para Isidore: 'Por quê?'
 Ele não respondeu.
 Corri para o lado da mamãe e disse que queria ficar com ela.
 "Não", ela disse severamente.
 'Cai fora.  Não seja um incômodo.  Vá com seus irmãos.

 Ela nunca tinha falado tão severamente antes.  Mas eu entendi: ela estava me protegendo.  Ela me amava tanto que, desta vez, fingiu não gostar.  Foi a última vez que a vi.

 Meus irmãos e eu fomos transportados num carro de gado para a Alemanha.

 Chegámos ao campo de concentração de Buchenwald uma noite depois e fomos levados para um quartel lotado.  No dia seguinte, recebemos uniformes e números de identificação.

 - Não me chame mais de Herman.  Eu disse aos meus irmãos.  'Chame-me  94983.'

 Fui colocado no crematório do campo, carregando os mortos em um elevador de manivela.

 Eu também me senti morto.  Endurecido, eu me tornei um número.

 Logo, meus irmãos e eu fomos enviados para Schlieben, um dos subcampos de Buchenwald perto de Berlim.

 Uma manhã, pensei ter ouvido a voz de minha mãe.

 "Filho", ela disse suave, mas claramente: vou lhe enviar um anjo.

 Então eu acordei.  Apenas um sonho.  Um sonho lindo.

 Mas neste lugar não poderia haver anjos.  Só havia trabalho.  E fome.  E medo.

 Alguns dias depois, eu estava andando pelo acampamento, pelo quartel, perto da cerca de arame farpado, onde os guardas não podiam ver facilmente.  Eu estava sozinho.

 Do outro lado da cerca, vi alguém: uma garotinha com cachos leves e quase luminosos.  Ela estava meio escondida atrás de uma bétula.

 Olhei em volta para garantir que ninguém me visse.  Falei para ela baixinho em alemão.  "Você tem algo para comer?"

 Ela não entendeu.

 Cheguei mais perto da cerca e repeti a pergunta em polonês.  Ela deu um passo à frente.  Eu era magro e magro, com trapos enrolados nos pés, mas a garota parecia sem medo.  Nos olhos dela, vi a vida.

 Ela puxou uma maçã da jaqueta de lã e a jogou por cima da cerca.

 Peguei a fruta e, quando comecei a fugir, ouvi-a dizer baixinho: - Vejo você amanhã.

 Voltei ao mesmo local perto da cerca, à mesma hora todos os dias.  Ela estava sempre lá com algo para eu comer - um pedaço de pão ou, melhor ainda, uma maçã.

 Não ousávamos falar ou nos demorar.  Ser apanhados significaria a morte para nós dois.

 Eu não sabia nada sobre ela, apenas uma garota de fazenda gentil, exceto que ela entendia polonês.  Qual era o nome dela?  Por que ela estava arriscando sua vida por mim?

 A esperança era tão escassa e essa garota do outro lado da cerca me dava algo tão nutritivo quanto o pão e as maçãs.

 Quase sete meses depois, meus irmãos e eu fomos amontoados num carro de carvão e enviados para o campo de Theresienstadt na Tchecoslováquia.

 "Não volte", eu disse à garota naquele dia.  "Estamos saindo."

 Eu me virei para o quartel e não olhei para trás, nem me despedi da garotinha cujo nome eu nunca havia aprendido, a garota com as maçãs.

 Ficámos em Theresienstadt por três meses.  A guerra estava terminando e as forças aliadas estavam se aproximando, mas meu destino parecia selado.

 Em 10 de maio de 1945, eu estava programado para morrer na câmara de gás às 10h.

 No silêncio da madrugada, tentei me preparar.  Tantas vezes a morte parecia pronta para me reivindicar, mas de alguma forma eu tinha sobrevivido.  Agora acabou.

 Eu pensei nos meus pais.  Pelo menos, pensei, estaremos reunidos.

 Mas às 8 da manhã houve uma comoção.  Ouvi gritos e vi pessoas correndo em todas as direções pelo acampamento.  Alcancei meus irmãos.

 Tropas russas tinham libertado o campo!  Os portões se abriram.  Todo mundo estava correndo, então eu também corri. Surpreendentemente, todos os meus irmãos tinham sobrevivido;  Não sei bem como.  Mas eu sabia que a garota com as maçãs tinha sido a chave da minha sobrevivência.

 Em um lugar onde o mal parecia triunfante, a bondade de uma pessoa salvou minha vida, me deu esperança em um lugar onde não havia nenhuma.

 Minha mãe prometeu me enviar um anjo, e o anjo havia chegado.

 Por fim, fui para Inglaterra, onde fui patrocinado por uma instituição de caridade judaica, hospedado num albergue com outros meninos que haviam sobrevivido ao Holocausto e treinados em eletrônica.  Depois vim para a América, para onde meu irmão Sam já se tinha mudado.  Eu servi no Exército dos EUA durante a Guerra da Coréia e voltei para Nova York ao fim de dois anos.

 Em agosto de 1957, eu abri minha própria oficina de eletrônica.  Eu estava começando a me instalar.

 Um dia, meu amigo Sid, que eu conhecia da Inglaterra, me ligou.
 Tenho um encontro.  Ela tem uma amiga polonesa.  Vamos sair em dobro.
 Um encontro às cegas?  Não, isso não era para mim.  Mas Sid continuou me chateando,  e alguns dias depois fomos ao Bronx para pegar seu encontro e a amiga Roma.

 Eu tinha que admitir, para um encontro às cegas, até não estava nada mal.  Roma era enfermeira de um hospital do Bronx.  Ela era gentil e inteligente.  Bonita também, com cachos castanhos em turbilhão e olhos verdes em forma de amêndoa que brilhavam com vida.

 Nós quatro fomos para Coney Island.  Roma era fácil de conversar, fácil de conviver.  Acontece que ela também desconfiava de encontros às cegas!

 Nós dois estávamos apenas fazendo um favor aos nossos amigos.  Demos um passeio no calçadão, apreciando a brisa salgada do Atlântico, e depois jantámos na praia.  Já não me lembrava de me divertir.

 Quando voltámos para o carro de Sid, Roma e eu dividimos  o banco traseiro.

 Como judeus europeus que sobreviveram à guerra, tínhamos consciência de que muito havia sido deixado sem ser dito entre nós.  Ela abordou o assunto: "Onde você estava", ela perguntou suavemente, "durante a guerra?"

 "Os campos", eu disse.  As terríveis lembranças ainda vivas, a perda irreparável.  Eu tinha tentado esquecer.  Mas você nunca pode esquecer.

 Ela assentiu.  "Minha família estava escondida em uma fazenda na Alemanha, não muito longe de Berlim", ela me disse.  "Meu pai conhecia um padre e ele nos comprou papéis arianos."

 Imaginei como ela também deveria ter sofrido, o medo, uma companhia constante.  E, no entanto, aqui éramos ambos sobreviventes, em um mundo novo.

 "Havia um acampamento ao lado da fazenda."  Roma continuou.  "Vi um garoto lá e jogava maçãs para ele todos os dias."

 Que coincidência incrível ela ter ajudado outro garoto.  'Como ele era?  Eu perguntei.

 Ele era alto, magro e com fome.  Eu devo tê-lo visto todos os dias por seis meses.

 Meu coração estava disparando.  Eu não podia acreditar.  Isto não era possível.  - Ele disse um dia para você não voltar porque estava saindo de Schlieben?

 Roma olhou para mim com espanto.  'Sim!'

 'Era eu!'

 Eu estava pronto para explodir de alegria e pavor, inundado de emoções.  Eu não podia acreditar!  Meu anjo.

 "Eu não vou deixar você ir."  Eu disse para a Roma.  E na traseira do carro naquele encontro às cegas, pedi-a em casamento.  Eu não queria esperar.

 'Você é louco!'  ela disse.  Mas ela me convidou para conhecer seus pais para o jantar de Shabat na semana seguinte.

 Havia muita coisa que eu esperava aprender sobre Roma, mas as coisas mais importantes eu sempre soube: sua firmeza, sua bondade.  Por muitos meses, nas piores circunstâncias, ela veio à cerca e me deu esperança.  Agora que a encontrei novamente, nunca mais a deixaria ir.

 Naquele dia, ela disse que sim.  E eu mantive minha palavra.  Depois de quase 50 anos de casamento, dois filhos e três netos, nunca a larguei.

 Herman Rosenblat de Miami Beach, Flórida

 Esta história está sendo transformada num filme chamado The Fence.
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Soleimani Death

Morte de Soleimani é um evento sísmico no Oriente Médio JANUARY 03, 2020
Mais do que qualquer outra operação militar americana desde a invasão do Iraque, o assassinato do general e comandante da Guarda Revolucionária do Irã, Qassem Soleimani, é um evento sísmico. As mortes de Osama bin Laden e Abu Bakr al-Baghdadi, os líderes da Al-Qaeda e do Estado Islâmico, foram certamente significativos e também foram em grande parte simbólicas, porque suas organizações foram destruídas. No entanto, o extermínio do arquiteto da campanha ativa de décadas da República Islâmica da violência contra os Estados Unidos e seus aliados, especialmente Israel, representa uma mudança tectônica na política do Oriente Médio.

Para ver o quão realmente significativa é a morte de Suleimani, ela ajuda a entender o jogo geopolítico ao qual ele se dedicou durante sua vida. No Líbano, Soleimani transformou o Hezbollah em um poderoso estado dentro de um estado. Uma organização terrorista que recebe fundos, armas e ordens de Teerã, o Hezbollah possui hoje um arsenal de mísseis maior que o da maioria dos países da região. O surpreendente "sucesso" do grupo tem ajudado a consolidar a influência do Irã não apenas no Líbano, mas também em todo o mundo árabe.

Com base nessa experiência bem-sucedida, Suleimani passou a última década replicando o modelo do Hezbollah no Iraque, na Síria e no Iêmen, sustentando as milícias locais com armas de precisão e conhecimento tático de guerra. Na Síria, suas forças se aliaram à Rússia para sustentar o regime de Bashar al-Assad, em um projeto que, na prática, significou expulsar mais de 10 milhões de pessoas de suas casas e matar mais de meio milhão. No Iraque, como vimos nos últimos dias, as milícias de Suleimani passaram por cima das instituições estatais legítimas. Eles chegaram ao poder depois de participar de uma insurgência, da qual ele era o arquiteto, contra as forças americanas e da coalizão. Centenas de soldados americanos perderam a vida com as armas que de Suleimani forneceu aos seus "procuradores" iraquianos.

O chefe da Guarda Revolucionária do Irã construiu esse império de milícias, apostando que os EUA evitariam um confronto direto. Essa aposta certamente valeu a pena sob o presidente Barack Obama e até parecia ser uma aposta segura sob o presidente Trump, apesar de sua política declarada de "pressão máxima".

Em setembro, Suleimani ordenou o ataque a um campo de petróleo da Arábia Saudita, um verdadeiro ato de guerra, que ficou sem resposta. Ele seguiu orquestrando ofensivas contra os americanos usando suas milícias. O governo Trump, por sua vez, já havia dito claramente que atacar americanos era uma "linha vermelha". No entanto, Soleimani havia recebido ameaças de líderes americanos no passado. De novo, ele pensou que poderia "apagar" a linha vermelha de Trump.

Sua partida tornará o Irã muito mais fraco. Isso encorajará os rivais regionais do país - principalmente Israel e Arábia Saudita - a perseguir seus interesses estratégicos com mais veemência. Também vai instigar os manifestantes no Irã, Líbano e, principalmente, no Iraque, na esperança de que um dia eles tirem o controle de seus governos das garras da República Islâmica.

Em Washington, a decisão de matar Suleimani representa o final de uma estratégia de Obama para o Oriente Médio, que procurou realinhar os interesses americanos com os do Irã. A busca de Obama por um convivência pacífica com Teerã nunca se ajustou à realidade do caráter fundamental da República Islâmica e às ambições regionais. O presidente Trump, por outro lado, percebeu que o objetivo de Teerã era substituir a América como o principal ator no Oriente Médio.

Os Estados Unidos não têm escolha. Se o país quiser permanecer no Oriente Médio, terá de ter controle sobre o poder militar do Irã. Para um presidente eleito em uma plataforma de paz e prosperidade, enfrentar o Irã não foi uma decisão fácil de tomar. Sem dúvida, Trump prefere negociar com o Irã seu programa nuclear do que ordenar o assassinato de seu general mais famoso. Entretanto, o presidente percebeu que garantir a posição regional dos EUA exigia uma resposta forte e visível às escaladas cada vez mais comuns de Suleimani.

Contudo, essa resposta veio atrasada. Soube por meio de um ex-alto funcionário da Casa Branca e do Departamento de Defesa, que os Estados Unidos tiveram várias oportunidades passadas de matar Suleimani, mas sempre relutaram. Ficou provado que a indecisão não tornou o mundo mais seguro e só deu a Soleimani mais tempo para construir seu império.

Os críticos de Trump imediatamente o acusaram de provocar o Irã desnecessariamente, argumentando que o assassinato de Suleimani poderia levar o país à guerra. Esta é uma análise que ignora o fato de general iraniano já travar guerra contra os EUA e seus aliados há anos e estar diretamente envolvido no planejamento de ataques a aliados.

O mundo em que acordamos hoje, livre de seu terrorista mais bem-sucedido e mortal, é um lugar melhor. Em nenhum local esse pensamento é mais evidente do que em todo o Oriente Médio, onde cidadãos comuns têm postado vídeos em mídias sociais comemorando a morte do autor de tanta miséria. Todos devemos - mesmo aqueles entre nós que não se importam particularmente com o Sr. Trump - se juntar a eles e continuar a negar o legado do assassino anti-americano Suleimani.

Michael Doran é membro sênior do Instituto Hudson e autor de "Ike's Gamble: America's Rise to Dominace in the Middle East" 


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sábado, 4 de janeiro de 2020

Trump’s plan to curb teen vaping exempts some flavors


U.S. health officials will begin cracking down on most flavored e-cigarettes that are popular with underage teenagers, but their plan includes major exceptions that benefit vaping manufacturers, retailers and adults who use the nicotine-delivery devices.

The Trump administration announced Thursday that it will prohibit fruit, candy, mint and dessert flavors from small, cartridge-based e-cigarettes favored by high school and middle school students. But menthol and tobacco-flavored e-cigarettes will be allowed to remain on the market.

The targeted flavor ban will also entirely exempt large, tank-based vaping devices, which are primarily sold in vape shops that cater to adult smokers.

Together, the two exemptions represent a significant retreat from President Donald Trump's original plan announced four months ago, which would have banned all vaping flavors — including menthol — from all types of e-cigarettes. The new policy will spare a significant portion of the multibillion-dollar vaping market. And the changes mark a major victory for thousands of vape shop owners who sell the tank-based systems, which allow users to mix customized nicotine flavors.

Vape shop owners expressed relief following the announcement.

“We’re thankful the guidance doesn’t shut down flavors in every aspect,” said Spike Babaian, owner of VapeNY in New York City.

Anti-tobacco advocates immediately condemned the decision to permit menthol and exempt tank-based vapes, accusing the administration of caving to industry pressure.

“It’s disturbing to see the results of industry lobbying to undermine public health protections, especially the lives and health of our youth,” said American Lung Association President and CEO Harold Wimmer. The association and other health groups argue that teenagers who vape will simply shift to using menthol if it remains on the market.

E-cigarettes are battery-powered devices that typically heat a flavored nicotine solution into an inhalable aerosol. They have been pitched to adults as a less-harmful alternative to traditional cigarettes, but there is limited data on their ability to help smokers quit.

The Food and Drug Administration has struggled for years to find the appropriate approach to regulate vaping. No e-cigarettes have yet won FDA approval, but the agency permits their sale under a policy called “enforcement discretion.” Under Thursday's policy change, the FDA said it would begin targeting companies that continue to sell the targeted products. Companies will have 30 days after the policy is published to halt manufacturing, sales and shipping.

“We have to protect our families,” Trump told reporters on Tuesday, ahead of the announcement. “At the same time, it's a big industry. We want to protect the industry.”

The flavor restrictions apply to e-cigarettes that use prefilled nicotine cartridges mainly sold at gas stations and convenience stores. Juul Labs is the biggest player in that market, but it previously pulled all of its flavors except menthol and tobacco after coming under intense political scrutiny. The small, discrete devices are the most popular brand among underage users.

Many smaller manufacturers continue to sell sweet, fruity flavors like “grape slushie,” “strawberry cotton candy” and “sea salt blueberry."

The flavor restrictions won't affect the larger specialty devices sold at vape shops, which typically don't admit customers under 21. These tank-based systems allow users to fill the device with the flavor of their choice. Sales of these devices represent an estimated 40% of the U.S. vaping business, with sales across some 15,000 to 19,000 shops.

The new policy still represents the federal government’s biggest step yet to combat a surge in teen vaping that officials fear is hooking a generation of young people on nicotine. In the latest government survey, more than 1 in 4 high school students reported using e-cigarettes in the previous month. Late last month Trump signed a law raising the minimum age to purchase all tobacco and vaping products from 18 to 21 nationwide.

Health and Human Services Secretary Alex Azar said the administration decided to exempt menthol after reviewing new data showing the flavor was not popular with teens.

“As we got better data on the flavors, we modified our thinking,” Azar said.

Survey data published in November reported that less than 6% of teens picked menthol as their top choice for vaping. In contrast, mint was the most popular flavor among sophomores and seniors.

Incoming FDA Commissioner Stephen Hahn said the government's approach attempts to balance the problem of underage vaping with “the potential role that e-cigarettes may play in helping adult smokers transition completely away” from regular cigarettes.

When Trump officials first sketched out their plans at a White House event in September, they specifically said menthol would be banned. But that effort stalled after vaping proponents and lobbyists pushed back and White House advisers told Trump that a total flavor ban could cost him votes.

Industry groups including the Vapor Technology Association launched an aggressive social media campaign — #IVapeIVote — contending that the plan would force the closure of vaping shops, eliminating jobs and sending users of e-cigarettes back to traditional smokes.

Trump's initial announcement came amid an outbreak of unexplained lung illnesses tied to vaping. But since then, health officials have tied the vast majority of the cases to a contaminating filler added to illicit THC vaping liquids. THC is the chemical in marijuana that makes users feel high. Makers of legal nicotine-based vaping products have tried to distance themselves from the problem.

FDA officials said Thursday they will continue targeting vaping products that appeal to underage users in other ways, such as packaging that mimics juice boxes, cereal or kid-friendly snacks.

Administration officials also pledged to work with the industry ahead of a looming deadline that manufacturers say threatens their products. The FDA is scheduled to begin reviewing all e-cigarettes in May. Only those that can demonstrate a benefit for U.S. public health will be permitted to stay on the market.

Officials noted that products submitted by the deadline that don't appeal to kids will be permitted to remain on the market for up to one year pending FDA review. They also clarified that some vape flavors could return to the market if they can win FDA approval.

Trump suggested ahead of the announcement that the flavor restrictions might be temporary.

“Hopefully, if everything’s safe, they’re going to be going very quickly back onto the market," he told reporters at his Mar-a-Lago resort in Florida


FILE - In this April 11, 2018, file photo, a high school student uses a vaping device near a school campus in Cambridge, Mass. The Trump administration announced Thursday that it will prohibit fruit, candy, mint and dessert flavors from small, cartridge-based e-cigarettes that are popular with high school students. But menthol and tobacco-flavored e-cigarettes will be allowed to remain on the market.


EUA x Irã


A preocupação com possíveis desdobramentos do ataque americano que causou a morte do general iraniano Qassem Soleimani, levou o Ibovespa, principal índice da Bolsa brasileira, a cair 1,2% na abertura dos negócios. Acabou encerrando em queda de 0,73%, aos 117.706 pontos, depois de ter registrado um novo recorde na véspera.


Em Nova York, o índice Dow Jones recuou 0,81%, e o S&P, 0,71%. Já o barril do petróleo tipo Brent encerrou em alta de 4,09%, cotado a US$ 68,70.

Análise: Tensão entre EUA e Irã é teste para retomada da economia global

Com isso, o cenário externo ficou mais ameaçador para a economia brasileira, que ensaia uma recuperação mais forte.

Economistas ainda esperam o desdobramento da ação americana para avaliar as consequências na economia mundial e brasileira, mas, a curto prazo, espera-se impacto no preço do petróleo e na cotação do dólar, bem como uma maior aversão a risco dos investidores globais a emergentes como o Brasil.

Luís Afonso Lima, presidente da Sociedade Brasileira de Estudos de Empresas Transnacionais e Globalização Econômica (Sobeet), acredita que o protecionismo, que já cresceu nos últimos anos, deve aumentar. No ano passado, as restrições, barreiras e sanções comerciais cresceram 27% frente a 2018, diz Lima:

Bolsonaro espera que alta do preço do petróleo termine em 'poucos dias'

— Não deve ser um evento passageiro, como tivemos em 2019 (com o bombardeio por drones de uma refinaria na Arábia Saudita). Há motivações políticas dentro do Irã, que já estava se ressentindo do embargo por causa das armas nucleares.
Há eleições nos Estados Unidos este ano, e o evento pode melhorar a popularidade de Donald Trump. Por esses motivos, talvez tenhamos um conflito mais acentuado do que no ano passado. Isso tende a aumentar o protecionismo. Unidos este ano, e o evento pode melhorar a popularidade de Donald Trump. Por esses motivos, talvez tenhamos um conflito mais acentuado do que no ano passado. Isso tende a aumentar o protecionismo.



Plataforma iraniana Foto: Reprodução

quarta-feira, 1 de janeiro de 2020

Vem aí a era da verdade


Depois de encarar nove horas de canoa Floresta Amazônica adentro, dezenas de pessoas de várias partes do mundRIO - Depois de encarar nove horas de canoa Floresta Amazônica adentro, dezenas de pessoas de várias partes do mundo dançam dentro de um shiru (uma grande tenda), de mãos dadas com indígenas da etnia yawanawá. A cena é parte do 16º Festival Yawá, que anualmente e durante uma semana apresenta a cultura e os rituais daquela aldeia, situada no alto Rio Gregório, no município de Tarauacá, no Acre. Em dado momento, surge uma mulher com um gigantesco cocar branco, que lhe desce pela cabeça, acompanhando a silhueta do corpo. E ela subverte a tradicional dança de roda indígena.
o dançam dentro de um shiru (uma grande tenda), de mãos dadas com indígenas da etnia yawanawá. A cena é parte do 16º Festival Yawá, que anualmente e durante uma semana apresenta a cultura e os rituais daquela aldeia, situada no alto Rio Gregório, no município de Tarauacá, no Acre. Em dado momento, surge uma mulher com um gigantesco cocar branco, que lhe desce pela cabeça, acompanhando a silhueta do corpo. E ela subverte a tradicional dança de roda indígena.

Putanny Yawanawá, de 40 anos, parece mesmo ter vindo ao mundo para romper barreiras. É a primeira mulher yawanawá a se tornar pajé (sua irmã Hushahu veio em seguida). Para ser líder espiritual de seu povo, teve que enfrentar o preconceito dos homens, o receio das mulheres e encarar, durante um ano, uma dieta tão rigorosa que a fez perder mais de 20 quilos. Vem a ser a prova dos nove feita por aqueles que desejam se aprofundar nos conhecimentos e sabedorias ancestrais da espiritualidade.

“Infelizmente, os homens indígenas são muito machistas e nenhuma mulher tinha ousado pisar nesse terreiro sagrado. Mas eu e minha irmã sentimos o chamado e quebramos uma tradição. Foi uma luta, fomos repudiadas e desacreditadas na aldeia ”

PUTANNY YAWANAWÁ
Sobre sua iniciação, entre 2003 e 2004
Foram 12 meses de isolamento no meio da floresta e de alimentação restrita a pequenas quantidades de caiçuma, bebida alcoólica à base de mandioca, pequenos peixes e banana verde. Sem doce, sexo, contato com os filhos (na época, ela tinha dois, hoje, tem quatro) ou com o companheiro (o cacique Biraci Brasil, que a chama de “professora”). Mas com muita medicina da floresta, como uni (ayahuasca), rapé, saliva da jiboia e veneno de sapo — até então também usados apenas pelos homens dali.

— Por sermos mulheres tivemos uma preparação ainda mais rigorosa, como se tivéssemos que provar duas vezes mais que éramos capazes — lembra. — Meu pai, que na época era o cacique, dizia que não podíamos voltar atrás, se não envergonharíamos o nosso povo e traríamos uma maldição. As pessoas na aldeia tinham a certeza de que não suportaríamos, pensavam que íamos desistir. Mas a gente passou por todas as provas.

Pelas mãos do pajé Tatá, seu antecessor, Putanny se aprofundou nos saberes de seu povo. Foi na espiritualidade e na força da mulher que ela viu um caminho para manter sua cultura viva e pulsante.

Na volta da dieta e junto com o marido — seu incentivador e grande responsável pelo resgate da cultura yawanawá —, Putanny começou a revolucionar a aldeia, ao lado de Hushahu. Além dos tratamentos medicinais, como os banhos de argila e de ervas, elas renovaram rituais de sua cultura.
— Os cantos ganharam outra dimensão e potência, que recebemos através da medicina e dos sonhos durante o nosso processo. Começamos a cantar com outra voz. Quando apresentei a dança que recebi, livre e completamente diferente da roda tradicional, torceram o nariz, mas depois acabaram se encantando — conta. — Até aquele momento, nossos rituais eram escuros, todo mundo ficava sentado. Hoje, eles são alegres, misturam mulheres criança... Isso uniu a gente. E se refletiu nas crianças e nos jovens. Houve um empoderamento geral.




A pajé Putanny Yawanawá, durante o Festival Yawá, que apresenta a cultura e os rituais de sua aldeia, no alto Rio Gregório, em Tarauacá, no Acre Foto: Divulgação/Alexandre Noronha