Negócio irá unir as
operações da líder e vice-líder do setor no país.
Operação é avaliada em cerca de R$ 5,5 bilhões.
Operação é avaliada em cerca de R$ 5,5 bilhões.
Estácio informou que aceitou a proposta de união
com a Kroton (Foto: Foto: Joana Caldas/G1)
A
Kroton melhorou sua oferta, e o Conselho de Administração da Estácio aceitou os
novos termos para ser comprada pela rival direta, em uma operação avaliada em
cerca de R$ 5,5 bilhões. O negócio criará uma gigante do setor universitário
brasileiro, unindo a líder e a vice-líder do segmento.
"O Conselho de Administração da Estácio, em reunião realizada ontem [quinta-feira], manifestou que está de acordo com os termos econômicos da nova proposta da Kroton, desde que os demais termos da operação sejam estabelecidos de forma satisfatória", afirmou a Estácio em comunicado ao mercado nesta sexta-feira (1º).
"O Conselho de Administração da Estácio, em reunião realizada ontem [quinta-feira], manifestou que está de acordo com os termos econômicos da nova proposta da Kroton, desde que os demais termos da operação sejam estabelecidos de forma satisfatória", afirmou a Estácio em comunicado ao mercado nesta sexta-feira (1º).
A
Kroton, maior empresa de educação superior privada do país, encerrou março com
1,01 milhão de alunos, enquanto a Estácio,
segunda maior do setor, tinha base total de 588 mil estudantes. A Kroton tem
operações de ensino presencial mais concentradas nas regiões Sul, Sudeste e
Centro-Oeste do país, enquanto a Estácio possui campi em todos os Estados do
Nordeste e em alguns da região Norte.
Entre
as instituições que integram a rede Kroton estão
Universidade Norte do Paraná (Unopar), Faculdades Pitágoras, Unic (Universidade
de Cuiabá), Unime (Universidade Metropolitana de Educação e Cultura) e a rede
Anhanguera.
A proposta
A nova oferta da Kroton envolve relação de troca de 1,281 ação de sua emissão por cada papel da Estácio e também distribuição de dividendos (parcelas de lucro) aos acionistas da Estácio de R$ 170 milhões, o que representa cerca de R$ 0,55 por papel da companhia. A ação da Kroton encerrou na véspera cotada a R$ 13,60. Nesta sexta, por volta das 11h30, os papéis subiam cerca de 5%
A nova oferta da Kroton envolve relação de troca de 1,281 ação de sua emissão por cada papel da Estácio e também distribuição de dividendos (parcelas de lucro) aos acionistas da Estácio de R$ 170 milhões, o que representa cerca de R$ 0,55 por papel da companhia. A ação da Kroton encerrou na véspera cotada a R$ 13,60. Nesta sexta, por volta das 11h30, os papéis subiam cerca de 5%
A
proposta anterior da Kroton contemplava relação de troca de 1,25 ação de sua
emissão para cada ação da Estácio, sem pagamento de dividendo.
saiba
mais
A
Estácio informou ainda que seu Conselho vai se reunir em 8 de julho para
avaliar todas as condições da proposta da Kroton, antes de convocar assembleia
de acionistas da companhia.
A
conclusão da fusão entre Kroton e Estácio depende tanto da aprovação dos
acionistas de ambas as empresas como também do aval das autoridades
regulatórias.
Disputa com Ser Educacional
A nova oferta da Kroton veio pouco depois da rival de menor porte Ser Educacional ter elevado sua proposta na quarta-feira (27) para pagamento de R$ 1 bilhão em dividendos extraordinários aos acionistas da Estácio, ante oferta anterior de distribuição de R$ 590 milhões, e ter dado como prazo para ela o dia de 8 de julho.
A nova oferta da Kroton veio pouco depois da rival de menor porte Ser Educacional ter elevado sua proposta na quarta-feira (27) para pagamento de R$ 1 bilhão em dividendos extraordinários aos acionistas da Estácio, ante oferta anterior de distribuição de R$ 590 milhões, e ter dado como prazo para ela o dia de 8 de julho.
Os
planos da Kroton ocorrem em meio à redução das verbas federais para o
financiamento do ensino superior privado por meio do Fies e
à recessão no Brasil, que trouxeram dificuldades ao setor de ensino superior
privado na captação e na retenção de alunos.
Fusão é questionada
A fusão entre Kroton e Estácio foi questionada por entidades do setor de educação, que veem risco de que o negócio possa criar um grupo com amplo poder de mercado e que concentra parcela significativa de fundos de incentivo à educação.
A fusão entre Kroton e Estácio foi questionada por entidades do setor de educação, que veem risco de que o negócio possa criar um grupo com amplo poder de mercado e que concentra parcela significativa de fundos de incentivo à educação.
A
Ordem dos Advogados do Brasil do Rio de Janeiro (OAB-RJ)
entrou com uma medida no Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade)
contra o interesse da Kroton em adquirir a Estácio, em meados de junho. A Ordem
alega que a operação trará concentração econômica ilegal ao mercado, de mais de
30%, diante de um limite estabelecido pelo Cade de 20%