segunda-feira, 9 de fevereiro de 2015

Portela


 

Dos versadores que compõem o samba-enredo ao carnavalesco. Ferreiros, soldadores, carpinteiros e aderecistas. De pluma em pluma, de ponto em ponto de costura. Dançarinos e cantores, batuqueiros e coreógrafos... Uma verdade é incontestável: a escola de samba é uma obra coletiva, feita de milhares de habilidades, erguida por mãos, mentes e corações que fazem do carnaval da Marquês de Sapucaí um espetáculo único. Um trabalho incessante que, por três meses, O GLOBO acompanhou nos barracões, nas quadras e nos ensaios técnicos de duas agremiações: a Portela, a mais antiga do Grupo Especial, e Acadêmicos do Grande Rio, a caçula entre as grandes da folia carioca. Essa imersão no dia a dia das escolas resultou no documentário "Sonho em construção", que mostra como, de novembro até a semana passada, evoluíram os preparativos para o show da Avenida.

No começo, no dia 11 de novembro, fazia menos de um mês que os sambas das duas escolas tinham sido escolhidos. Muitos componentes ainda aprendiam a letra, enquanto a bateria acertava o ritmo. Nos barracões, os carros alegóricos mesclavam as fases da ferragem e da carpintaria. E os escultores do isopor e da fibra preparavam suas obras de arte.

- Para nós, falta pouco (para o desfile) - afirmava, na época, a artista plástica da Grande Rio Mariana Vergara, que construía peças para as alegorias da tricolor de Duque de Caxias.



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