Dos versadores que compõem o
samba-enredo ao carnavalesco. Ferreiros, soldadores, carpinteiros e
aderecistas. De pluma em pluma, de ponto em ponto de costura. Dançarinos e
cantores, batuqueiros e coreógrafos... Uma verdade é incontestável: a escola de
samba é uma obra coletiva, feita de milhares de habilidades, erguida por mãos,
mentes e corações que fazem do carnaval da Marquês de Sapucaí um espetáculo
único. Um trabalho incessante que, por três meses, O GLOBO acompanhou nos
barracões, nas quadras e nos ensaios técnicos de duas agremiações: a Portela, a
mais antiga do Grupo Especial, e Acadêmicos do Grande Rio, a caçula entre as
grandes da folia carioca. Essa imersão no dia a dia das escolas resultou no
documentário "Sonho em construção", que mostra como, de novembro até
a semana passada, evoluíram os preparativos para o show da Avenida.
No começo, no dia 11 de novembro, fazia
menos de um mês que os sambas das duas escolas tinham sido escolhidos. Muitos
componentes ainda aprendiam a letra, enquanto a bateria acertava o ritmo. Nos
barracões, os carros alegóricos mesclavam as fases da ferragem e da
carpintaria. E os escultores do isopor e da fibra preparavam suas obras de
arte.
- Para nós, falta pouco (para o
desfile) - afirmava, na época, a artista plástica da Grande Rio Mariana
Vergara, que construía peças para as alegorias da tricolor de Duque de Caxias.
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