O dólar fechou em alta nesta
terça-feira, refletindo o estresse do mercado com a possibilidade de a Grécia
deixar a zona do euro e com a desaceleração econômica da China. Além disso, o
mercado reagiu à expectativa
de alta nos juros dos Estados Unidos e ao ceticismo do
mercado sobre a Petrobras.
A moeda norte-americana subiu
para R$ 2,8364, em alta de 2,12%. Veja cotação.
Este é o maior valor de fechamento desde 2004, quando, no dia 1º de novembro, a
moeda fechou cotada a R$ 2,8590, segundo dados do Banco Central. Na máxima da
sessão, a divisa alcançou R$ 2,8398, segundo a Reuters.
No ano, o dólar acumula
valorização de 6,68%.
Na semana e no mês, há alta
de 2,09% e 5,47%, respectivamente.
Nesta sessão, as preocupações com a fraqueza da economia da China, importante parceiro comercial do Brasil e referência para investidores em mercados emergentes, foram corroboradas por dados que mostraram que a inflação ao consumidor chinês atingiu em janeiro o menor nível em cinco anos, segundo a Reuters.
Nesta sessão, as preocupações com a fraqueza da economia da China, importante parceiro comercial do Brasil e referência para investidores em mercados emergentes, foram corroboradas por dados que mostraram que a inflação ao consumidor chinês atingiu em janeiro o menor nível em cinco anos, segundo a Reuters.
O número alimentou o mau
humor dos investidores internacionais, já afetado pelo temor de que o impasse
entre a Grécia e seus credores force o país a sair da zona do euro, o que
poderia enfraquecer ainda mais a economia global.
"Parece haver algum
movimento na posição grega que ainda pode formar as bases para um acordo",
escreveram analistas do Brown Brothers Harriman em relatório, segundo a
Reuters. "Dito isso, os credores oficiais não parecem ter aliviado suas
exigências em nada."
No Brasil
Embora parte dos fatores que vêm pressionando a divisa norte-americana nos últimos dias tenham origem nos mercados externos, preocupações sobre a economia brasileira fazem com que a pressão cambial seja mais intensa no país.
Embora parte dos fatores que vêm pressionando a divisa norte-americana nos últimos dias tenham origem nos mercados externos, preocupações sobre a economia brasileira fazem com que a pressão cambial seja mais intensa no país.
As crescentes expectativas de
estagnação econômica e inflação de mais de 7% em 2015 somaram-se às
preocupações com o futuro da Petrobras, após a nomeação de Aldemir Bendine,
ex-presidente do Banco do Brasil, para comandar a estatal.
Investidores temem que a
mudança na chefia da petroleira, envolvida em um escândalo bilionário de
corrupção, não se traduza em melhora operacional em breve, segundo a Reuters.
Há ainda dúvidas sobre a capacidade do governo de promover um ajuste fiscal
significativo neste ano, em meio à crescente oposição às medidas que vêm sendo
adotadas pela equipe econômica, encabeçada pelo ministro da Fazenda, Joaquim
Levy.
"O problema é que as
expectativas de melhora na política econômica estão perdendo força", disse
o economista da 4Cast Pedro Tuesta. "Se o apoio político deixar de
existir, pode haver um downgrade à frente", acrescentou ele, se referindo
a um eventual corte na nota de risco soberano do Brasil por agências.
Programa cambial
Nesta manhã, o Banco Central deu continuidade às intervenções diárias no mercado de câmbio, vendendo a oferta total de até 2 mil swaps cambiais, que equivalem a venda futura de dólares, pelas atuações diárias. Foram vendidos 600 contratos para 1º de dezembro de 2015 e 1,4 mil contratos para 1º de fevereiro de 2016, com volume correspondente a US$ 97,8 milhões.
Nesta manhã, o Banco Central deu continuidade às intervenções diárias no mercado de câmbio, vendendo a oferta total de até 2 mil swaps cambiais, que equivalem a venda futura de dólares, pelas atuações diárias. Foram vendidos 600 contratos para 1º de dezembro de 2015 e 1,4 mil contratos para 1º de fevereiro de 2016, com volume correspondente a US$ 97,8 milhões.
O BC também vendeu a oferta
integral de até 13 mil swaps para rolagem dos contratos que vencem em 2 de
março, equivalentes a US$ 10,438 bilhões. Ao todo, já rolou cerca de 42% do
lote total.
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