WASHINGTON
— O presidente eleito Donald Trump foi à Casa Branca nesta quinta-feira para se
reunir com o chefe de Estado, Barack Obama, no primeiro passo público para uma
transição de poder após uma acirrada disputa eleitoral. O encontro foi marcado
por muita cordialidade e disposição dos dois para garantir uma boa transição de
poder. Segundo a Casa Branca, a reunião foi calma e sem problemas — "menos
esquisita de o que poderia se esperar". Enquanto isso, milhares de
manifestantes foram às ruas em várias cidades dos Estados Unidos na
quarta-feira para protestar contra o republicano, cuja vitória sobre a
democrata Hillary Clinton continua provocando uma onda de choque no mundo.
Vencedor
nas eleições americanas, Donald Trump afirmou que pretende ser o presidente de
todo o país, e afirmou que é hora de renovar o sonho americano
Protecionismo
é o maior temor de analistas quanto a Trump
Contêineres
no porto de Lianyungang, na ChinaNa China, maior temor é que Trump adote
barreiras à importação
Depois
de uma hora e meia de encontro, o presidente disse que espera que o seu futuro
sucessor se sinta bem-vindo na Casa Branca. Ele assumirá o governo em 20 de
janeiro e, a partir de então, a sua família ocupará a mansão de Washington.
Segundo Obama, eles discutiram assuntos de política interna e externa dos EUA.
—
Tivemos uma excelente conversa. Fiquei muito encorajado pelo interesse do
presidente eleito de trabalhar com minha equipe para lidar com as muitas
questões que o país enfrenta. Acredito que seja muito importante para nós,
independente de partido ou preferências políticas, nos unirmos — disse. — No
meio tempo, (a primeira-dama) Michelle teve uma chance de receber a futura primeira-dama
e tivemos uma conversa com ela, também, e queremos ter certeza de que eles se
sintam bem-vindos enquanto se preparam para fazer a transição.
Em
resposta, Trump disse que encontrar o presidente foi uma "honra" e a
conversa passou por temas "maravilhosos" e "difíceis" sobre
o governo. E ressaltou que espera ter novas reuniões produtivas com o atual
chefe da Casa Branca para receber conselhos.
—
Estou impaciente para trabalhar com o presidente Obama — disse o eleito. — Isto
foi para nos conhecermos. Nunca havíamos nos encontrado. Tenho muito respeito
por você. Discutimos muitas coisas, algumas maravilhosas, e outras, não. Espero
continuar trabalhando junto a você. Foi uma grande honra, senhor presidente.
Michelle
Obama também se encontrou de maneira muito discreta e reservada com a próxima
primeira-dama, Melania Trump.
—
Eu o convidei a vir à Casa Branca para discutir como assegurar uma transição
bem-sucedida — explicou na quarta-feira Obama, que assumiu um tom conciliador
após a vitória do bilionário populista que surpreendeu os Estados Unidos e todo
o resto do mundo. — Antes de tudo, somos americanos. Antes de tudo, somos
patriotas. Todos queremos o melhor para este país.
Na
saída, Trump foi se encontrar com as lideranças do Partido Republicano no
Capitólio.
Depois
do encontro, o porta-voz da Casa Branca, Josh Earnest, disse que o encontro do
atual com o futuro presidente transcorreu bem, sem interferência de assessores.
Perguntado sobre o "Obamacare", plano de saúde federal que Trump
disse querer derrubar, e sobre as supostas ameaças judiciais de Trump à rival
Hillary Clinton, ele desconversou.
—
O tom do presidente eleito deu ao presidente nova segurança. Ele saiu de
confiança renovada. — disse. — O que eles tentaram fazer foi assegurar a
fundação. Podemos dizer pelo menos o encontro foi um pouco menos esquisito de o
que poderia se esperar. Eles não tentaram resolver todas as suas diferenças.
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