sábado, 8 de outubro de 2022

Explosão de Ponta na Crimeia

 "Putin não pode e não vai deixar barato", afirmou um diplomata do mais alto escalão, no Kremlin. O que todos tentam entender, neste momento, é se o ataque vai ser classificado pelos russos como um exemplo de uma ameaça ao território nacional. Qual a importância disso? Há semanas, Putin sinalizou que apenas usaria armas estratégicas ou nucleares caso seu território fosse ameaçado ou se houvesse um risco "existencial" para o país. Ou seja. Se tal evento for considerado como um ataque ao território russo, o temor é de que a guerra possa estar entrando em sua fase mais ameaçadora. Nas capitais, militares e governos se debruçam neste sábado para entender se a resposta de Putin  será convencional, nuclear ou até no campo cibernético. Na ONU, todos se lembram da declaração de Dmitry Medvedev, ex-presidente da Rússia, ao alertar os ucranianos que qualquer ataque contra a ponte na Crimeia teria consequências. "Espero que eles entendam qual seria o alvo de uma retaliação", disse. A ponte, de fato, não é qualquer obra. Para Putin, trata-se do símbolo da anexação da península e a conclusão de um "sonho" de diversas gerações de russos. "Finalmente, o milagre ocorreu", disse em 2018 quando a obra foi inaugurada.


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