Uma nova classe de medicamentos que retarda o processo de envelhecimento em camundongos foi identificada por uma equipe formada por pesquisadores da Clínica Mayo, Instituto Scripps e outras instituições: os senolíticos.
A pesquisa, publicada na revista “Aging Cell”,
mostra que esse tipo de droga ainda aumenta a expectativa de uma vida saudável.
— Vimos esse estudo como um grande primeiro passo
em direção ao desenvolvimento de tratamentos mais seguros para os pacientes com
doenças relacionadas ao envelhecimento — disse o coautor do estudo, professor
Paul Robbins.
Os protótipos desses agentes senolíticos se
provaram eficazes no alívio de múltiplas características associadas ao
envelhecimento, segundo James Kirkland, da Clínica Mayo.
— Isso pode eventualmente tornar factível o atraso,
a prevenção ou até a reversão de múltiplas doenças crônicas e deficiências como
um grupo, em vez de uma de cada vez — explica Kirkland.
Os senolíticos agem em células que vão
envelhecendo, aquelas que param de se dividir e se acumulam conforme
envelhecemos, acelerando esse processo.
Os pesquisadores descobriram que um coquetel do
medicamento dasatinibe (para câncer) e quercetina (anti-histamínico), foi mais
eficaz em induzir células a morte de células velhas em camundongos, aumentando
a expectativa de vida.
— Em modelos animais, o composto aumentou a função
cardiovascular e a resistência a exercícios, reduzindo a osteoporose, a
fragilidade e aumentando a expectativa de vida — disse a coautora do estudo,
Laura Niedernhofer.
— Em alguns
casos, as drogas conseguiram isso apenas com um ciclo do tratamento.
As funções cardiovasculares melhoraram em cinco
dias de uma única dose da droga em ratos, enquanto doses periódicas conseguiram
retardar sintomas relacionados à idade, como degeneração da coluna e
osteoporose.
Os pesquisadores dizem que são necessários mais
testes antes que a droga seja usada em humanos, mas são otimistas quanto ao
potencial da descoberta.
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