O WhatsApp ultrapassou a marca
de um bilhão de usuários ativos, mas ainda oferece poucos recursos de
segurança. Em determinados casos, são os próprios usuários quem disseminam
golpes virtuais. Um deles promete a inclusão de chamadas em vídeo no aplicativo
se a mensagem for compartilhada com os contatos. É importante que usuário adote
algumas medidas para evitar ser vítima de ataques virtuais. O iG criou uma
lista com alguns itens que contribuirão para um uso mais seguro do app:
1)
Campanhas maliciosas
Alguns cibercriminosos que
aplicam golpes no WhatsApp oferecem recursos que não estão disponíveis no
aplicativo para atrair novas vítimas. Conhecido como scareware, o golpe pede
que o usuário compartilhe uma determinada mensagem com seus contatos para que
este recurso seja habilitado. Em algumas situações, ao invés de oferecer um
recurso novo, a campanha maliciosa promete impedir que o aplicativo seja
desativado.
Outras campanhas afirmam que o
usuário recebeu um prêmio e deve ligar para um determinado número para
retirá-lo.. O golpe acontece por meio da cobrança de taxas indesejadas que
descontam os créditos da linha ou incluindo cobranças adicionas na conta.
2)
Aplicativos alternativos
As lojas de aplicativos contam
com dezenas de programas que prometem vídeos, áudios e até mesmo a personalização do
visual do aplicativo. "Alguns desses aplicativos funcionam bem e são
honestos. Alguns funcionam e te roubam informações", explica José Matias Neto,
diretor para suporte técnico da Intel Security.
O ideal é utilizar apenas os
recursos oficiais do WhatsApp. O aplicativo permite mudanças do papel de parede e
do tamanho da fonte. Para alterar estes itens, acesse o menu – o ícone com três
pontinhos no canto superior direito da tela inicial – e escolha a opção
Configurações. As duas opções são exibidas na área Conversas e Chamadas.
Se realmente desejar fazer uso
de aplicativos alternativos, é importante verificar a avaliação e os
comentários de outras pessoas na loja do sistema operacional do seu dispositivo
para evitar serviços maliciosos, antes da instalação. "As pessoas têm que
tomar cuidado com quem fornece o aplicativo", sugere Matias.
3)
Privacidade
O WhatsApp oferece recursos
para definir quem poderá ter acesso às suas informações: todos,
somente os contatos ou ninguém. É possível alterar a visibilidade da foto do
perfil, do status e do recurso Visto por último. Entretanto, ao desabilitar o
recurso, não será possível ver o horário do último acesso dos demais contatos.
Para alterar as definições de privacidade do WhatsApp, acesse o menu do
aplicativo, selecione Configurações e escolha a opção Conta. Em seguida, abra a
área Privacidade.
A seção também exibe uma lista
dos usuários bloqueados e permite que o usuário escolha se enviará ou não
confirmações de leitura para os seus contatos. Se esta opção for desabilitada,
o usuário não terá acesso às confirmações de leitura de outras pessoas. Essa é
outra forma de se proteger na plataforma.
4)
Arquivos suspeitos
Em geral, os ciberataques com
arquivos são feitos por meio de executáveis (com a extensão .apk nos
dispositivos móveis). O WhatsApp permite somente o envio de imagens, áudios e
vídeos, mas já apresentou uma vulnerabilidade em sua versão web. O erro pemitia
que cibercriminosos realizassem ataques do tipo ransomware, usados para
chantagear as vítimas.
Segundo André Munhoz, gerente
da Avast para o Brasil, "muitos cibercriminosos estão criando malware
especificamente para celular". E o meio prefeirido para efetivar estes
ataques é o WhatsApp. É importante ter atenção ao baixar qualquer tipo de
arquivo no aplicativo.
O padrão do WhatsApp é baixar
os arquivos automaticamente para a memória do aparelho. Para cancelar o
recebimento destes arquivos, utilize o menu do aplicativo e escolha a opção
Configurações. Em seguida, selecione Conversas e Chamadas e abra o Download Automático.
O aplicativo exibe as opções de download quando o usuário utiliza a rede de
dados da operadora, o Wi-Fi ou se estiver em roaming. Além de evitar arquivos
maliciosos, desativar o download automático contribui para a redução do uso de
dados pelo dispositivo.
5) Wi-Fi
público
Para conseguir trocar mensagens
pelo WhatsApp com mais facilidade, alguns usuários acabam se conectando a redes
Wi-Fi públicas que não exigem login ou senha. É importante se atentar à
segurança da rede pública localizada pelo aparelho para evitar que o
dispositivo seja atingido por meio de redirecionamentos maliciosos após a
conexão. Fabio Assolini, analista sênior de segurança na Kaspersky Lab no
Brasil, lembra que as redes abertas não possuem nenhum tipo de criptografia. "Quando
você usa uma rede Wi-Fi pública, você está expondo todos os dados que estão
trafegando naquele momento ao dono da rede ou a uma outra pessoa conectada na
rede com intenções maliciosas", explica.
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