China aumenta cerco para 40 milhões e fecha parte da Grande Muralha
RIO
— Mais de 40 milhões de chineses foram isolados em suas cidades, nesta
sexta-feira, depois da imposição de restrições às redes de transporte em outras
quatro localidades. A medida tem o objetivo de evitar a propagação do
coronavírus, que já matou 26 pessoas e contaminou pelo menos 830.
Ao
todo, 13 prefeituras adotaram medidas de confinamento na região de Wuhan
(centro), a metrópole de 11 milhões de habitantes, onde o vírus foi detectado
em dezembro.
O
governo chinês também anunciou, nesta sexta-feira (24), o fechamento de trechos
da Grande Muralha, assim como de monumentos emblemáticos de Pequim, em meio às
medidas adotadas para controlar a propagação do coronavírus.
Os
túmulos da dinastia Ming e a floresta Yinshan Pagoda serão fechados a partir de
sábado.
O
Estádio Nacional de Pequim, conhecido como Ninho de Pássaro, construído para os
Jogos Olímpicos de Pequim em 2008, teve suas portas fechadas hoje.
A
AMEAÇA DO CORONAVÍRUS
Nesta
sexta, a Tailândia confirmou o quinto caso de coronavírus no país, e Hong Kong
confirmou mais dois. Países da Ásia estão intensificando o cerco contra a
doença. Xangai também pediu aos cidadãos que vêm de áreas de foco que fiquem em
casa ou em quarentena centralizada por 14 dias.
Além
disso, o parque temático da Disney em Xangai, que costuma esgotar ingressos na
época do Ano Novo Lunar, anunciou nesta sexta-feira que fechará as portas por
tempo indeterminado.
O
Ocidente também observa o número de casos com apreensão.
O
diretor médico emérito da Public Health England, agência do Departamento de
Saúde e Assistência Social do governo britânico, disse ser "altamente
provável" que casos do coronavírus já tenham surgido no Reino Unido.
O
porta-voz do premier Boris Johnson anunciou a convocação de um encontro entre
lideranças do governo para planejar uma resposta emergencial à possível chegada
do vírus no país.
A
Organização Mundial de Saúde (OMS) está examinando a propagação do novo
coronavírus. Casos da doença causada pelo 2019-nCoV provavelmente devem
continuar a se disseminar na China e ainda é muito cedo para avaliar a
gravidade do surto, de acordo com Tarik Jasarevic, porta-voz da OMS.
—
O foco não é tanto no número (de casos), que sabemos que irá aumentar — afirmou
Jasarevic em uma coletiva de imprensa nesta sexta-feira.
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