quinta-feira, 19 de dezembro de 2019

TRUMP STAY


Conforme era esperado, a Câmara dos Deputados, controlada pelos democratas, aprovou o impeachment de Donald Trump seguindo linhas partidárias. No mês que vem, será a vez de o Senado, sob domínio republicano, inocentar o presidente. O impacto nas eleições deve ser irrelevante porque os eleitores do líder americano seguem contra o seu afastamento, enquanto os eleitores da oposição se posicionam a favor. Nos últimos meses, não houve alteração relevante nos números da popularidade presidencial, de acordo com as pesquisas.

Após encerrado o processo no Senado, o debate focará nas primárias, e veremos uma série de previsões sobre o efeito do impeachment na reeleição ou não do atual ocupante da Casa Branca. Mas ignorem todas as especulações sobre quem vencerá em novembro do ano que vem. É impossível de saber. São variáveis equivalentes a jogadores perderem um pênalti ou chutarem uma bola na trave na final do Mundial de Clubes com o jogo entre Flamengo e Liverpool empatado ao final do segundo tempo. Basta ver como as últimas eleições presidenciais nos EUA e as parlamentares no Reino Unido teriam um resultado completamente diferente com uma mudança mínima nos votos ou nas regras eleitorais. Também vale observar como o acaso ajudou Emmanuel Macron na França.

Trump venceu apenas no Colégio Eleitoral, apesar de ter perdido no voto popular por três milhões de votos, equivalentes a dois pontos percentuais. Este dado por si só indica que a maioria dos eleitores americanos não concordava com sua agenda. Mas estas eram as regras, e o republicano venceu legalmente graças a diferenças mínimas de dez mil votos em Michigan (0,2%), 44 mil na Pensilvânia (0,7%) e 23 mil em Wisconsin (0,6%). Uma margem que poderia variar bastante de um dia para o outro.


O presidente dos EUA, Donald Trump

sexta-feira, 29 de novembro de 2019

Flamengo Campeão

Em 2019 Flamengo foi campeão 
  • CARIOCA
  • LIBERTADORES
  • BRASILEIRO

Guardaremos para sempre este ano e que venham outros.

Resultado de imagem para fotos do flamengo 2019

Novo golpe na praça


Bandidos falsificam anúncios de aluguel e somem após depósitos

Apressada em encontrar um novo apartamento no Rio, a argentina Veronica Blanco depositou R$5mil, no início do mês, após uma rápida negociação, para garantir o aluguel de um quarto e sala na Rua Visconde de Albuquerque, no Leblon, valor referente a três meses adiantados mais taxas. Logo depois do envio do dinheiro, porém, o suposto administrador parou de responder as mensagens e então veio a constatação: ela caíra num golpe. Nas últimas semanas, diversos relatos sustentam a ocorrência de uma nova onda do crime praticado por quadrilhas que copiam anúncios de imóveis verdadeiros na internet, cujas chaves ficam na portaria. Após o potencial inquilino conhecer o lugar e ser seduzido por um valor atrativo de aluguel, é pedido um sinal. Com a confirmação do depósito, o estelionatário desaparece.

Segundo pessoas do ramo imobiliário, esse tipo de golpe não chega a ser uma novidade, mas a recorrência recente vem assustando. Desde o início de outubro, o GLOBO teve conhecimento de cinco apartamentos na Zona Sul que foram alvo dos golpistas. Em um dos casos, 11 pessoas chegaram a ser enganadas. Em todas as situações, os proprietários verdadeiros só tomaram conhecimento do ocorrido após a vítima ter perdido dinheiro.

Denúncias estão sendo investigadas pela Polícia Civil. A titular da 12ªDP (Copacabana, um dos bairros com casos registrados), Valéria Aragão, afirmou que pretende divulgar à população medidas preventivas para evitar os golpes.

  Estamos preparando um material em relação a essa modalidade. Costumamos fazer essa divulgação quando percebemos delitos que se repetem na nossa área. Isso também nos ajuda a identificar os criminosos — explicou ela, que confirmou ter investigações em andamento.

Os R$5 mil depositados por Veronica, que trabalha num bar no Leblon, significavam todas as suas economias. Desiludida e com o agravo de outros problemas pessoais — como o AVC sofrido pela mãe — ela decidiu retornar à Argentina.  Há 11 anos no Brasil, e há cinco no Rio, ela já vinha convivendo com a dificuldade de se estabilizar num apartamento há tempos. Recentemente, precisou deixar o lugar em que morava a pedido do proprietário e então foi procurar outra opção.


O advogado Pedro Costa já teve três apartamentos seus envolvidos em golpes Foto: Arquivo pessoal

quinta-feira, 31 de outubro de 2019

North Beach’s sales streak continues grow


In another sign that North Beach is growing in popularity, an Italian real estate investor has purchased a multifamily complex just steps away from the North Beach Town Center for for $2.75 million.
A 16-unit fully-leased apartment complex at 6882 Harding Ave. called The Flats at Harding Avenue sold on Friday. Flats at Harding LLC, led by real estate investor Costantino Cicchelli, bought the two 1949 buildings, encompassing 12,871 square feet. They are set on a 12,500-square-foot lot, or just over an acre. The property last sold for $1.99 million in 2013.
David M. Cohen and Javier A. Ubeda, investment specialists in the commercial real estate investment firm Marcus & Millichap’s Miami office, were the listing agents and closed the deal.
In the short term, Flats at Harding LLC plans to renovate the units. “The idea would be to get the building, remodel the units, renovate the kitchen and bathroom to give them a more clean and modern look,” said Cicchelli. He said he might consider redeveloping the property in the future.
The renovations are expected to cost $17,000 to $18,000 per unit, or $272,000 to $288,000 in total. Rent increases — from the current $1,050 for a one bedroom and $1,250 for a two bedroom — will likely cover renovation costs but are expected to be minimal, he said.
Cicchelli said he was drawn to the area by the activity spurred by the Miami Beach commission’s decision last year to allow taller buildings in the area bounded by 72nd Street to the north, 69th Street to the south, Collins Avenue to the east and Indian Creek Drive to the west. Among approved projects is a renovation and expansion of Ocean Terrace, planned as a combination condo and hotel, and a public park.
“The whole market is influenced by these projects,” said Cohen.
The current RM-1 zoning code allows for multifamily development with minimum leases of six months and a day. It also permits developers to build up to five stories, according to City of Miami Beach ordinance amendments. City officials would have to approve projects scaling higher than the current limit.
The price for Flats at Harding was $213 per square foot — less than several other recent comparable multifamily sales. A 5,016-square-foot building at 6966 Byron sold for $1.6 million in September, or $318 per square foot. A 3,510 square-foot building at 8210 Harding sold for $1.5 million, or $427 per square foot in August, and a 4,368-square-foot building at 7124 Bay Drive sold for $1.3 million, or $297 per square foot, in July.

Sales and projects in North Beach are likely to continue, said Cohen and Ubeda, as rent regulations in California and New York draw developers and landlords to Florida.
“Operators, said Ubeda, “are seeing Florida as that sweet spot where they can get the highest return.”



quinta-feira, 8 de agosto de 2019

Decretada falência do Grupo Voges




Decisão foi tomada pela Justiça antes de nova assembleia de credores que deveria ser realizada até 15 de outubro

O juiz titular da 3ª Vara Cível de Caxias do Sul, Clóvis Moacyr Mattana Ramos, decretou, na manhã desta quinta-feira (8), a falência do Grupo Voges de Caxias do Sul. A decisão atende a um pedido do Ministério Público (MP) e do administrador judicial Nelson Sperotto.

Segundo a sentença, após assembleia de credores, no último dia 16, afastar o empresário Osvaldo Voges da direção e determinar que Sperotto assumisse a gestão da companhia, o administrador judicial "deparou-se com uma situação insustentável e aliou-se ao Ministério Público no pedido de conversão da recuperação judicial em falência".

Entre os motivos que sustentaram a decisão do juiz está o descumprimento do plano de recuperação inicial, já que a venda da UPI Motores não se concretizou por conta da ausência do depósito de valores da negociação por parte da empresa adquirente. Novas assembleias também rejeitaram outras propostas de compra, uma feita, inclusive, pela própria empresa em recuperação e a outra feita pela mesma que fez a primeira oferta. A decisão judicial ainda está baseada nos prejuízos aos trabalhadores em seis anos de tramitação da recuperação judicial, decretada ainda em 2013. O juiz acrescenta que "o grupo Voges se vê envolvido em uma série de irregularidades".

Mas um dos fatos principais que levaram o juiz a decretar a falência neste momento é o fato da empresa não estar mais faturando, estando parada, como informou o administrador à Justiça. Além disso, tem de desocupar o imóvel que foi emprestado pelo município de Caxias do Sul, o antigo prédio da Metalúrgica Abramo Eberle (Maesa), sem que tenha lugar e recursos para construir uma nova sede. Somam-se a essas questões, as dívidas fiscais do grupo e os demais débitos, que alcançam mais e R$ 1,3 bilhão.

Sperotto se manterá na função de administrador judicial e deverá providenciar a arrecadação de avaliação dos bens da massa falida. A decisão foi tomada pela Justiça antes de nova assembleia de credores prevista até 15 de outubro. Na última reunião, representantes da Voges no processo conseguiram suspender a assembleia com uma mudança de ordem que colocou para votar primeiramente o afastamento do empresário. A suspensão foi por 90 dias, o que estabeleceu que a próxima reunião ocorra até 15 de outubro. Com a decretação da falência, isso não vai mais acontecer.

Contraponto

Procurado pela reportagem por e-mail, o empresário Osvaldo Voges se manifestou da seguinte forma:

"Fomos surpreendidos com uma decisão que replica uma série de inverdades, das quais estamos analisando os recursos e medidas cabíveis. Após tal análise, iremos nos manifestar".

A falência é para as seguintes empresas do grupo:

Voges Metalurgia Ltda
Metalcorte Fundição Ltda
Osvaldo Carlos Voges Administração Eireli
OCV Administração e Participações Ltda
Voges Participações Imobiliárias Ltda
MCR Indústria e Comércio de Sucatas Ltda
Challenger Soccer Entretenimento Ltda


Decretada falência do Grupo Voges de Caxias do Sul Marcelo Casagrande/Agencia RBS

quarta-feira, 31 de julho de 2019

Dario Messer acaba de ser preso

Dario Messer acaba de ser preso pela PF em São Paulo (a foto abaixo é do momento de sua captura, no apartamento em que se escondia, nos Jardins). Estava com um visual diferente do usual: tingiu os cabelos de ruivo e deixou crescer a barba. O apartamento em que foi preso é de uma amiga: Myra Asseff.
O telefone de Myra estava sendo monitorado há tempos. A autorização judicial para a escuta exiraria na sexta-feira. Ontem, Messer fez uma ligação exatamente por essa linha telefônica. Foi o que a PF precisava para pegá-lo. 
Doleiro dos doleiros, de acordo com a alcunha dada pelos procuradores da Lava-Jato, Messer estava foragido desde maio de 2018. Suspeitava-se que ele fugira para o Paraguai ou Israel. 
Na semana retrasada, agentes da PF desembarcaram na Argentina. Trabalhavam com a informação de que uma grande amiga de Messer tinha ido se encontrar com o doleiro em Buenos Aires, onde ele estaria escondido. A tal amiga estava sendo monitorada fazia mais de um mês.
Messer faz parte de uma linhagem de doleiros. Seu pai, Mordko Messer, é tido como o primeiro a operar profissionalmente no mercado paralelo do dólar.
Os filhos de Dario também se envolveram no heterodoxo negócio. Fizeram delação premiada este ano e já tiveram suas milionárias colaborações homologadas pela Justiça.
Reprodução

segunda-feira, 22 de julho de 2019

Marte, o próximo salto gigantesco da Humanidade

Em 1938, Orson Welles provocou pânico nos Estados Unidos com a transmissão radiofônica de sua dramatização de “A guerra dos mundos”, do escritor britânico H.G.Wells, que conta a invasão da Terra por marcianos. Cem anos depois, são os humanos que pretendem “invadir” Marte , com planos de uma primeira missão tripulada para o planeta vermelho na década de 2030. Mas transformar ficção em realidade será uma tarefa difícil, um salto gigantesco muito maior e mais complexo do que o que levou o astronauta americano Neil Armstrong a dar seu “pequeno passo” na Lua 50 anos atrás, na missão Apollo 11 .

Desafio que começa com a distância. Se a Lua, a cerca de 400 mil quilômetros, parecia impossível de alcançar, Marte, que no ponto de maior aproximação da Terra chega a 54,6 milhões de quilômetros, é um destino no mínimo 136 vezes mais longínquo, o que vai demandar não só foguetes bem mais poderosos como naves maiores, mais avançadas e blindadas para proteger os astronautas no longo caminho até lá.

— O primeiro desafio é a massa. A carga que teremos que lançar para lá é muito grande — diz o físico Luiz Alberto Oliveira, curador do Museu do Amanhã, que desde março e até outubro promove o ciclo de palestras “Hackeando Marte”, uma discussão dos obstáculos e alternativas para os humanos chegarem e viverem no planeta vermelho. — Para lançar uma nave com pessoas, suprimentos, combustível e tudo mais vamos precisar de foguetes superpoderosos, muito maiores do que os que temos hoje.

Ida em etapas

Assim, é provável que todo processo seja feito por etapas, com missões em série que primeiro levarão equipamentos e suprimentos para a órbita e a superfície de Marte e só depois enviar os astronautas. Procedimento similar ao que será usado, e testado, com o projeto Ártemis , que pretende colocar pessoas, entre elas a primeira mulher, na Lua em 2024, com a construção, inicialmente, de uma estação orbital e, depois, de uma base no Polo Sul lunar.

Mas a grande distância traz outros obstáculos. O fato de Marte percorrer sua própria órbita em torno do Sol (diferentemente da Lua, que “acompanha” a Terra) restringe as chamadas “janelas de lançamento”, os períodos em que as posições relativas de nosso planeta e o planeta vermelho permitem uma viagem mais eficiente em termos de energia e tempo – e assim necessitando de menos combustível e suprimentos, ou seja, massa.

— Ao proporcionar viagens mais curtas, estas janelas de oportunidade também ajudam a reduzir outro problema: a exposição dos astronautas à radiação solar no espaço, que no acumulado de meses pode ter efeitos sérios de saúde, como o câncer, e, em última instância, matá-los por envenenamento radioativo — destaca Oliveira. — São várias as propostas para enfrentar isso, mas em todas, quanto maior a proteção, maior o peso, a massa da nave, e aí voltamos ao primeiro desafio, do tamanho dos foguetes lançadores.


CAMINHO PARA MARTE
São duas as principais opções para uma missão tripulada de ida e volta, uma mais longa e outra mais curta. Ambas, no entanto, dependem de Marte e a Terra estarem em posições relativas específicas nas suas órbitas em torno do Sol, num alinhamento que abre as chamadas “janelas de lançamento”

MISSÃO LONGA
A viagem mais eficiente em termos de energia, e portanto a que precisa de menos combustível e/ou foguetes não tão poderosos, emprega uma trajetória conhecida como “órbita de transferência de Hohmann”

Ida
Em forma de elipse, ela tem o Sol em um de seus focos e Terra e Marte em posições orbitais opostas na órbita na partida daqui e chegada lá. Sua utilização permite viagens de 120 a 270 dias para ida e volta cada
Volta
Permanência obrigatória de 400 a 600 dias no planeta, usando “janelas de lançamento” que se repetem aproximadamente a cada 780 dias, o chamado “período sinótico” de Terra e Marte

MISSÃO CURTA
Com foguetes mais poderosos, menores limitações de gastos de combustível e permitindo velocidades maiores, além de eventuais envios prévios de equipamentos e suprimentos para a órbita dos dois planetas e a superfície marciana, é possível traçar rotas mais diretas e reduzir o tempo total da missão para menos de 245 dias
Ida e volta
Neste caso, chegada e partida de Marte se dariam quando o planeta estivesse em conjunção com a Terra, isto é, na maior aproximação do nosso
A viagem de ida levaria 120 dias, com os astronautas passando duas semanas em Marte e retornando à Terra em mais 75 dias

Mais desafios na superfície

E mesmo vencidas estas dificuldades, restam muitas outras a superar. A começar pelo pouso. Diferentemente da Lua, que não tem atmosfera, Marte tem uma. Embora muito tênue — cerca de 1% da densidade da atmosfera da Terra —, ela exercerá pressões aerodinâmicas na nave, exigindo alterações, ou mesmo um desenho completamente diferente, dos sistemas que serão usados e testados no programa Ártemis.

— E Marte ainda é um ambiente extremamente agreste, uma combinação de Antártica, Deserto de Gobi e Himalaia: muito frio, muito seco, muito poeirento e de baixa pressão atmosférica, com o agravante de também não ter um campo magnético global protetor como o da Terra, o que mantém a exposição à radiação solar como um problema — lembra Oliveira. — Sem a proteção de trajes especiais e habitats artificiais, não há como sobreviver lá, então teremos que levar ou tudo pronto daqui ou construir a infraestrutura com os recursos de lá.

No primeiro caso, mais uma vez as limitações de massa serão um obstáculo, o que faz do projeto Ártemis de volta à Lua um importante ensaio da viagem a Marte.

— Uma das primeiras ideias era usar partes do veículo lançador, ou a própria nave, para isso, mas aí teríamos novamente uma massa, e tamanho, limitados — destaca Oliveira. — Mas se construirmos a base com recursos de lá, como, por exemplo, fazendo uma argamassa com a poeira do solo, podemos ter estruturas muito maiores e mais protegidas.

Sem água, nada feito

Por fim, outro recurso que será fundamental obter em Marte — e na Lua — para sustentar a presença humana é água. Não só para beber, mas também para separar em hidrogênio e oxigênio que servirão de combustível para as viagens de volta e, no caso do segundo, para respirar.


— É essencial que haja água utilizável nos locais escolhidos para descida tanto na Lua quanto em Marte — conclui Oliveira. — Só assim poderemos levar um pedacinho da Terra, de nosso bioma, para lá. Se quisermos deixar de ser apenas terráqueos e viver em outros mundos, não seremos apenas nós, os humanos, que teremos que nos adaptar. Vamos precisar cultivar alimentos e desenvolver tecnologias que nos permitirão não só sobreviver lá como reformar nosso modo de viver na Terra. Com as mudanças climáticas e outros tantos problemas de nosso mundo agora, de certa forma Marte também é aqui.



Terra e Marte lado a lado: tecnologias desenvolvidas para viver lá tambem podem ajudar a enfrentar os problemas aqui Foto: Nasa/ESA